Dominguinhos, foi, é e será
O maior sanfoneiro brasileiro
Festivais de sanfona era o primeiro
Era um músico mais que espetacular
Cada dedo sabia dedilhar
Os acordes na palma de sua mão
Nos seus shows da cidade pro sertão
Registrava o valor do nordestino
Agradava o adulto e o menino
Nas noitadas de viva São João
A sanfona uma eterna companheira
O seu palco da estrada era montado
Mas que pena que Deus fez um chamado
E ele fez a viagem derradeira
Lá no céu sem estrada e sem poeira
Ele puxa a sanfona bem veloz
Só deixou a saudade para nós
E um legado de forró e cultura
Porque Deus acha bom essa mistura
E lhe chamou pra ouvir a sua voz
Sei que a vida propôs momentos bons
Na carreira da vida do artista
Sempre teve esse dom de otimista
E tocou os melhores acordeons
O xodó, sabiá, melhores sons
Defensor da cultura popular
O neném que Luiz quer balançar
Que cantou o nordeste com carinho
Ô saudade grande Dominguinhos
Que partiu pra mais nunca mais voltar
Hoje aqui Mossoró, ergue a bandeira
E recebe de Liv, o seu busto
Não vai ter outro assim substituto
Pra cantar a canção mais verdadeira
Garanhuns sua terra forrozeira
Sente falta e chora de saudade
O forró ficou só pela a metade
A outra parte, Dominguinhos levou
E Rosalba recebeu com amor
O seu busto, para ficar nessa cidade
(Lalauzinho de Lalau)