Tamo junto e misturado,
Feito feijão com arroz!
Nossa amizade é de longe
Nunca deixou pra depois!
Esse amigo tão bacana
Veio aqui em Dona Ana;
Ronildo do Canal 2.
Obrigado grande amigo,
Um cara que eu quero bem!
E você que ainda não sabe,
Dona Ana tudo tem!
Quero falar com franqueza,
Quando for fazer limpeza;
Vem pra cá você também.
(Lalauzinho de Lalau)
Vive da felicidade!
Filho do tempo e do vento,
Ama dizer a verdade!
Se veste de honradez;
Conquistando cada mês
Nos seus noventa e um de idade!
Sábio, forte, bravo e manso
Com um pouco de vaidade!
Nessa idade, ainda sonha,
Vencendo a realidade!
Curte os prazeres da vida;
Com essa idade oferecida
Nos seus noventa e um de idade.
Parabéns meu pai...
Já assisti O Rei do Gado
E Barriga de Aluguel,
Sinhá Moça, Cambalacho,
Também Torre de Babel!
Assisti De Quina pra Lua,
Em Tieta vi mulher nua,
Assisti Meu Bem Meu Mau;
Esqueci de Malhação
E troquei a televisão
Por Lalauzinho de Lalau.
(Lalauzinho de Lalau)
Estou um pouco cansado
Das lutas do dia a dia!
Da guerra que mata o homem
Com maldade e tirania!
Do abuso contra a criança;
Da falta de esperança
Na cara da hipocrisia!
Estou um pouco cansado
Da fome que é tão cigana!
Cansado da enrolação
Dos gravatas e dos bacana!
Cansado de tanto artista
Dando uma de racista,
Nas vielas da semana;
Estou um pouco cansado
Do abuso de autoridade!
Cansado de tanto sangue
Pelas ruas da cidade!
Cansado de me cansar,
Cansado até de falar
Da dura realidade.
(Lalauzinho de Lalau)
Festa, sair, bebedeira,
Samba, forró, vaquejada!
Carnaval fora de época,
Cerveja boa, gelada!
Beber de fica bicudo;
O domingo é quem faz tudo
E a segunda é a culpada!
O domingo é no sol quente
Bebendo pela calçada!
Passa a noite inteira em pé
Se a festa estiver lotada!
Só bebendo no canudo;
O domingo é quem faz tudo
E segunda é a culpada;
Passa o domingo todinho,
Numa arruaça danada!
Anda a pé, pra ir pros cantos,
Com as pernas bamba e suada!
Pra mim é um absurdo;
O domingo é quem faz tudo
E a segunda é a culpada.
(Lalauzinho de Lalau)
Tantas noites de chuva e tempestade
Que eu passei numa casa gotejando!
Quando o frio figava incomodando
Aumentava bem mais minha saudade!
Os trovões, foram a realidade,
Cada raio, aumentava o meu pavor!
Eu tentei me cobrir com tanta dor,
E eu na rede sentindo uma frieza;
Cada telha quebrada é a tristeza
E a esperança o meu velho cobertor.
E a chuva molhando o meu telhado
Procurava uma brecha pra passar!
Cada gota que vinha me molhar
Me trazia um arquivo do passado!
Me mostrava uma alegria, um desagrado
Uma conquista, uma derrota ou um favor,
Uma mágoa, uma raiva ou um rancor;
Mas viver pra mim é uma riqueza!
Cada telha quebrada é a tristeza
E a esperança o meu velho cobertor.
(Lalauzinho de Lalau)
O tempo, vai ser sempre o tempo!
Sei que o tempo nunca espera,
Nunca para, tudo passa,
E eu aqui, em minha tapera!
Vivendo cada estação;
Vivendo inverno e verão,
E mais uma primavera.
(Lalauzinho de Lalau)
Tantas lutas, tantos sonhos,
Tantas promessas, eu juro!
Tanta esperança de preto
Tanta coisa sem futuro!
Mas nada disso me abala:
Seu Lalau sempre me fala
Que o amanhã escuro.
Eu só sei do meu passado
E desse hoje tão duro!
Dos fardos que carreguei,
Que deu pra fazer monturo!
E a verdade não se cala;
Seu Lalau sempre me fala
O amanhã é escuro!
Só hoje eu vim entender,
Porque estou mais maduro!
Sensato comigo mesmo,
Mais valente e mais seguro!
Enquanto eu não faço a mala;
Seu Lalau sempre me fala
Que o amanhã é escuro!
Não sabemos quando vamos,
Nem quando vamos dá duro!
Nem quando vamos vencer,
Cada momento obscuro!
Vou, nem que eu vá de bengala;
Seu Lalau sempre me fala
Que o amanhã é escuro.
(Lalauzinho de Lalau)
Comandou várias campanhas,
Muita gente se elegeu!
No mundo publicitário,
O Brasil lhe conheceu!
Mas na vida tudo muda,
E hoje quem partiu foi Duda;
Duda Mendonça morreu!
Aos setenta e sete anos
Da vida, perdeu a vez!
Gostava de vaquejada
De ver a queda da rês!
Ele já vinha internado,
Morreu hospitalizado
Lá no Sírio-Libanês;
Esse grande marqueteiro
Ajudou a se eleger,
Miguel Arras, Ciro Gomes,
E o Maluf do PP!
E quem entrou na concorrência,
E se elegeu a presidência;
Foi o Lula do PT.
E hoje eu trago a notícia
Em forma de poesia!
Minha poesia é clara,
Não imita e não copia,
Digo o que aconteceu!
Duda Mendonça morreu;
Essa, é a notícia do dia.
(Lalauzinho de Lalau)
Verso, é o meu combustível,
Meu comer, meu agasalho!
Meu caminhar, minha luta,
Meu estradar, meu atalho!
Meu verso vem da raiz;
Agradeço a CGX
Por confiar no meu trabalho.
Meu verso é conto contado,
Feito para as multidões!
Meu verso é doce e salgado,
Festa para as locuções!
Também não posso esquecer
De poder agradecer;
A ela, SUN Produções.
(Lalauzinho de Lalau)
Meira estava internado
Junto com a sua mulher!
A morte foi em São Paulo,
Veja a vida como é!
Não estou dizendo asneira;
Quem morreu? Tarcísio Meira
E o ator Paulo José!
Já Paulo, morreu no Rio,
Fez da arte o seu chalé!
Com oitenta e quatro anos,
Deixa a tristeza de pé!
Chora a arte brasileira;
Quem morreu? Tarcísio Meira
E o ator Paulo José!
Meira, com oitenta e cinco,
Acredite se puder!
Sessenta anos de estrada,
De Dramaturgia é fé!
Sessenta anos de carreira:
Que morreu? Tarcísio Meira
E o ator Paulo José.
(Lalauzinho de Lalau)
Pensei que a vida enfadava
Partiu Chico da Bodega
Nosso amigo, nosso irmão!
Das terras de Caraúbas
E de São Sebastião!
Dois amigos que arrocha
Também partiu Cláudio Rocha
Nosso amigo Garanhão.
Era o vaqueiro dos Nunes
Na cidade de Patu!
Naelson sentiu a perda,
Ficou até jururu!
Com Nazareno e Nair,
Que sai dizendo por aí:
Ô Garanhão, cadê tu?
E o Chico da Bodega
Um cara espetacular!
No forró que ele fazia
Todo mundo tava lá!
Sempre abraçando vocês;
Foi lá, a primeira vez
Onde eu pude cantar!
E aqui eu fiquei tristonho
Lembrei da nossa amizade!
Sei que também "Garanhão"
Partiu pra eternidade!
Sei que a saudade se apega;
Adeus Chico Da Bodega;
Hoje só resta saudade.
(Lalauzinho de Lalau)
Pra todo canto que olho
Vejo logo o retrocesso!
Discussões, Pautas, pronuncias,
Votação lá no congresso!
Queda de braço expressiva;
Político gritando: Viva!
E o assunto é voto impresso.
Uns dizem que é bom voltar,
E chega de mimimi!
Outros dizem: Tu é doido,
Vamos é retrogredir!
E os "políticos" viajando,
E o povo "vei" se matando;
E eles não tão nem aí.
(Lalauzinho de Lalau)
Distante do microfone
Nada eu posso dizer!
Noticiar, versejar
Logo no amanhecer,
Irreverente e afoito!
Só volto dia 18
Pra falar na RPC.
(Lalauzinho de Lalau)
Por cima de pedra e pó!
Cada vez que eu me abano
Aumenta mais o suor!
Se eu andar no calçamento
Eu vejo tudo cinzento;
Com o calor de Mossoró.
No pingo do meio dia
O calor fica maior!
Sem ser no ar-condicionado
Fica quente de dá dó!
Parece até brincadeira,
Desse fogo na biqueira;
Com o calor de Mossoró.
(Lalauzinho de Lalau)
Se a nuvem for carregada,
Deixando o mar agitado!
Cada onda gigantesca
Balança pra todo lado!
Vamos ver quem se sai bem?
Quando a tempestade vem,
Testa quem tá ancorado.
Raios, trovões , nuvem escura,
Deriva, sem resultado!
Rota sem rota, correntes,
Treme quem está embarcado!
Terra a vista que não tem;
Quando a tempestade vem,
Testa quem tá ancorado.
(Lalauzinho de Lalau)
Medalha de prata em Tóquio
Mostrando o potencial!
Ela com seus 13 anos,
Voltou pra terra natal!
No Maranhão, Imperatriz;
Pertinho de São Luiz,
Mora Raíssa Leal.
A Fadinha do skate
Ganhou na modalidade!
Das Olimpíadas de Tóquio
Voltou pra sua cidade!
Recebida como artista
A mais nova medalhista
Virou uma celebridade.
É a mais nova medalhista
Da historia principal!
Em oitenta e cinco anos
Nunca se viu nada igual!
Coloque logo o tapete
Pra Fadinha do skate;
Chegou Raíssa Leal.
(Lalauzinho de Lalau)
