E eu, sem ver resultado!
Falta de verso ou assunto,
Sem ter nada pra dizer!
Sem inspiração na hora
Sem vontade de escrever!
Sem saber nem explicar;
Tanto tempo sem postar
Por conta sei nem de quê.
Pode ter sido um descuido,
Só hoje eu vim perceber,
Que o meu verso é o meu refúgio
Que alimenta o meu viver!
Só hoje é que eu vim notar;
Tanto tempo sem postar
Por conta sei nem de quê.
(Lalauzinho de Lalau)
Trabalhar pra quem não paga,
Cagar, limpar com jornais!
Separar briga de bebo
Pulando nos carnavais!
Pula cerca, Pula muro;
Em negócio sem futuro,
Entrei, mas não entro mais!
Dançar com mulher zambeta,
Trocar botijão de gás!
Tirar goteira de casa,
Eu quero nada rapaz!
Ir dormir num colchão duro;
Em negócio sem futuro,
Entrei, mas não entro mais!
(Lalauzinho de Lalau)
O tempo que segue o tempo,
Nessa historia tão maluca!
Sofre cada ferimento,
Cai em cilada, sinuca!
Mas a vida é mais esperta;
A ferida estando aberta,
Até carinho machuca.
Arranhões, feridas, cortes,
O tempo bate na nuca!
Mostrando a cada minuto
Que a vida, nunca caduca!
Mas quando a saudade aperta;
A ferida estando aberta,
Até carinho machuca.
(Lalauzinho de Lalau)
Comparo a vida da gente
A velha luta do gado!
Grito, tanjo, vou correndo,
Solto, preso no cercado!
Ruminando a desistir;
Peço a Deus pra prosseguir,
Mesmo quando estou cansado.
(Lalauzinho de Lalau)
Depois do sepultamento
Resta pra gente a saudade!
A dor de quem perde um amigo
É a dura realidade,
Não se tem explicação
Somente na oração
Sabemos o peso da dor
De quem ficou, quem sentiu!
E a saudade fica a mil,
Na direção que ela for
Depois do sepultamento
Vão as preces pra o divino!
Vem as orações maiores
Para o amigo Marcelino
Grande Marcelino Neto
Que estava sempre por perto
Com a Câmera na mão!
Sem enaltecer a voz;
Hoje não está entre nós
Isso é sem explicação.
Depois do sepultamento
Que reuniu mais de tantos!
Fica a saudade entre nós
Espalhada pelos cantos!
Traçou aqui seu destino
Grande amigo Marcelino
É triste, a dor da partida
Hoje só resta saudade;
Partiu pra eternidade
Pra o outro plano de vida.
(Lalauzinho de Lalau)
Aqui não temos partido
Nem time de futebol,
Religião? atitude!
Deus da chuva, Deus do sol;
Nunca vou está sozinho!
Porque tenho em meu caminho
Aninha, Júlia e Carol.
(Lalauzinho de Lalau)
Depois de ver tanta guerra,
Tanta morte, tantos ais!
Depois do desmatamento
E a morte dos animais!
A extinção da jaçanã;
Cuidado com o amanhã,
Pode ser tarde demais.
Depois de esquecer de Deus,
Dizer: Pra mim tanto faz!
Depois de pisar os outros,
Que na estrada ainda estais
Com uma criança pagã!
Cuidado com o amanhã,
Pode ser tarde demais.
Esquecer a dor do próximo
Que chora a beira do cais!
Sem ajudar, sem ouvir
Compreender mais e mais!
Não pode ouvir o tupã;
Cuidado com o amanhã,
Pode ser tarde demais.
(Lalauzinho de Lalau)
(Tupã - Deus do trovão)
(Jaçanã - Ave nativa da América do Sul)
(Cais - Elevação de terra ou aterro a margem do rio)
(Pagã - Criança que não foi batizada
Egoísta, pensa muito
Sempre em se favorecer!
Carrega a hipocrisia,
Suja a água de beber!
Desse lado eu nunca estive;
Tem ser humano que vive
E acha que não vai morrer.
Acha que ele é eterno
E que nunca vai padecer!
Ignora a dor alheia,
Passa e finge que não ver!
Digo algo mais, inclusive;
Tem ser humano que vive
E acha que não vai morrer.
(Lalauzinho de Lalau)
Foi sucesso de verdade,
Lá recitei meu poema!
Toda a vaqueiram veio,
O mais bonito, era o tema!
Foi uma festa consagrada;
A cavalgada da Imaculada
Conceição em Upanema.
Eu agradeço a paroquia,
Com minha fé regressei!
Com as orações pra Maria,
Que é mãe do nosso rei!
Começou lá no Poré;
Com homenagem a Zezé,
Muito obrigado Darley.
Parabéns pra Upanema,
Essa terra tão amada!
A homenagem a Zezé Freire
Nessa linda cavalgada!
No outro ano tem mais;
Foi bonita por demais
A cavalgada da Imaculada.
(Lalauzinho de Lalau)
Ta na força da vontade
No batuque do atrito!
Na atitude mais nobre
No silencio do aflito!
Ta na força de ajudar
A quem quer se levantar;
A coragem não ta no grito.
Ta na seca do Nordeste
Nesse chão torrado e frito!
Ta no pão que mata a fome
No berrado do cabrito
Que escapou de morrer!
Ta em cada amanhecer;
A coragem não ta no grito.
(Lalauzinho de Lalau)
O tempo carrega o tempo,
O seu melhor conteúdo!
Cobra tudo o que foi feito,
Veste de trapo e veludo
Homem, menino e mulher;
O tempo engana até
Quem pensa que sabe tudo.
Dá visão pra quem é cego,
Falação pra quem é mudo!
Traz o longe pra mais perto,
O tempo é o melhor estudo,
Tira dez, quem tem mais fé!
O tempo engana até
Quem pensa que sabe tudo.
Transforma segundos em horas,
Deixa o magro barrigudo!
Deixa o barrigudo magro,
O careca, cabeludo!
Deixa o que ele quiser;
O tempo engana até
Quem pensa que sabe tudo.
(Lalauzinho de Lalau)
Na terra de Upanema,
Pedaço do meu sertão!
Dia 1° de dezembro,
Vou com fé e devoção!
A data já ta marcada;
Pra essa linda cavalgada
Da imaculada Conceição.
E a linda concentração
Vai ser no Sitio Poré!
Logo cedo, de manhã
Vai ter um belo café!
Ajeite a cavalaria,
Não vai faltar nesse dia,
Verso, devoção e fé.
(Lalauzinho de Lalau)
O seu olhar disse tudo,
Eu percebi pelo o brilho!
Me afagou com seus concelhos
Pra que eu não saia do trilho!
A vida é um vem e vai;
Sempre serás um bom pai
E eu sempre sereis um bom filho.
(Lalauzinho de Lalau)
Dia 23 de novembro
Pode agendar esse dia!
Pra Cavalgada da Luz,
Prepare a cavalaria!
Eu vou arrochando o nó
Na terra de Mossoró;
Festa de Santa Luzia.
Vai ter Forró Azunhado
E o amigo Manoel Marinho!
Ao lado de Dudu Teclas
Seguindo o mesmo caminho!
Valnei na organização;
E quem vai na locução?
É o poeta Lalauzinho.
Saindo do Sumaré
Da área da pastoral!
Indo pra o Parque Brasil
Nosso palco principal!
Cavalgada de Santa Luzia;
Dia 23, o dia,
Com Lalauzinho de Lalau.
(Lalauzinho de Lalau)
Quem acredita no tolo,
Promessas que não convêm!
No simplório, na ingenuidade,
No tonto que vai e vem!
Na falta de inteligência;
É lutar com a paciência
E ficar tolo também.
O tolo sabe e não sabe,
E vive no prejuízo!
Só praticando tolices,
Dizendo: É eu que autorizo!
Cortando com a faca sega;
Quebrando a própria bodega,
Sem um pingo de juízo.
Não tenho um pingo de pena,
Quem perde a parte do bolo!
Quem critica, quem maltrata,
Passa por cima com um rolo!
Passa por cima da gente;
Eu digo primeiramente,
Quero distância do tolo.
(Lalauzinho de Lalau)
Tolo - que ou aquele que não tem inteligência ou juízo
Simplório - que ou aquele que é muito crédulo; tolo, ingênuo, papalvo.
Rolo - objeto que possua o formato cilíndrico.
Promessas - Compromisso que alguém assume de fazer, dar ou dizer alguma coisa: fazia promessas para tirar o povo da pobreza.
Convêm - Convêm vem do verbo convir. O mesmo que: concordam, condizem, interessam, servem, quadram, calham, cumprem.
É uma linha imaginária,
Que não tem explicação!
São fatos, mitos, verdades,
Falta de compreensão!
Orgulho em descer do pódio;
A linha que divide o ódio,
O amor e a oração.
Essa divisa é sem cunho
Sem palavra e sem razão!
Sem vontade, sem porteira,
Com amor no coração;
Mas só em outro episódio!
A linha que divide o ódio,
O amor e a oração.
Linha sem eira e nem beira
Feita pela a ingratidão!
Sei que o tecelão do tempo
Produz com mais precisão!
O tempo é o nosso custódio;
A linha que divide o ódio,
O amor e a oração.
(Lalauzinho de Lalau)
A vida tem seus mistérios,
Suas dúvidas, sua sina,
Suas lagrimas, seu sorriso,
Uma dor em cada esquina!
A vida é com o uma peça;
Sabemos como começa,
Sem saber como termina.
A vida é como uma teatro,
Que o roteiro determina
Que você suba no palco,
Por que a vida, é quem fascina!
Mas a morte é sem conversa;
Sabemos como começa,
Sem saber como termina.
(Lalauzinho de Lalau)
O meu pai sempre me diz,
Só entre se for chamado!
Se errar, peça desculpas,
Mas só se estiver errado!
Reconheça quem lhe ajudou,
Se pedir, diz por favor;
Foi feito? Muito obrigado.
Só dê um passo adiante,
Se tiver com segurança!
Respeite sempre os mais velhos,
Valorizando a criança!
Ajude alguém que caiu,
Se um dia alguém te feriu;
Perde um pouco a confiança.
Mas a vida é assim mesmo,
Cada um dar o que tem!
Cada caminho, um percurso,
Pra cada mal, tem o bem!
Pra solidão, um abraço;
Pra cada oração que faço
Vai sempre existir amém.
(Lalauzinho de Lalau)
O ser humano é um bicho
Cheio de paliativo!
Compra flores, faz um texto,
Por ser muito criativo!
Quando a saudade bateu;
Foi visitar quem morreu
E esqueceu de quem ta vivo.
(Lalauzinho de Lalau)
Cada dia que renasce
No nascer de cada dia,
É mais uma página da vida
De um ciclo que se inicia!
É um presente de Deus;
Que afaga os passos seus
Em forma de poesia.
O início de um novo dia
É de Deus o acalento!
A arte de Deus é vida,
É poesia e talento!
É Deus brincando com a gente;
Mostrando ao sobrevivente
Que a vida tem seu momento!
Tudo começa e termina,
Tudo tem começo e fim!
Tudo tem hora e tem vez,
Tudo tem não e tem sim!
Tudo vem e tudo vai;
E hoje agradeço a Deus pai,
Tudo, o que ele fez por mim.
(Lalauzinho de Lalau)
Depois de ouvir tanto ai,
Depois de ouvir tanto não!
Depois de tantos problemas,
Depois, sem ter solução!
Se vai uma vida inteirinha;
Aí, minha alma diz sozinha,
O poeta tinha razão.
(Lalauzinho de Lalau)
Tudo que eu vejo na vida,
Sou sensível, me comovo!
Se tem pedra em meu caminho,
Empurro ela e removo!
Mais pedras estão ali;
Quando tropecei, caí,
Levantei, segui de novo.
Enquanto uns comem bife
Muita gente come ovo!
Na vida se ver de tudo,
E o show da vida é o povo!
Eu andando por aí;
Quando tropecei, caí,
Levantei, segui de novo.
(Lalauzinho de Lalau)
Meus medos, minhas angústias,
Minha alma não revela!
Meus desejos, minha prenuncia,
Raiva que deixas sequela!
Vem de uma vida tecnóloga;
Se eu contar a psicóloga,
Acho que quem chora é ela.
Se eu contar a minha história
Pra ouvir os conselhos dela!
Falar das pedras e espinhos,
Da sede em minha goela!
Nessa condição homóloga;
Se eu contar a psicóloga,
Acho que quem chora é ela.
(Lalauzinho de Lalau)
Tanto que eu já gritei
Defendendo o nosso lado
Vendo o teatro fechado,
Se já abriram? eu não sei!
E a gente fica no "mei"
Como fosse um brocoió!
E o poder sem ter dó,
Acha que isso é frescura;
Difícil é fazer cultura
No país de Mossoró.
Difícil é ver uma banda
Com um cachê de 1 milhão!
Tocar no nosso São João,
Mas o poder é quem manda!
Pra atender a demanda
Coloca um cantor maior
Nem precisa ser forró;
Basta ter desenvoltura!
Difícil é fazer cultura
No país de Mossoró
Só mesmo a 95
Faz forró, com poesia,
Canção, aboio, cantoria,
No verso, sou eu que brinco!
Rodando a ponta do zinco
Cutucando o meu forró,
Não deixo a cultura só!
Aqui é beleza pura;
Difícil é fazer cultura
No país de Mossoró.
(Lalauzinho de Lalau)
Já passei o dia todo
Procurando resolver,
Os problemas que aparece
Sempre em cada amanhecer!
Mas vi que tudo é bobagem,
O aprendizado é coragem;
Pra poder sobreviver.
E todo dia eu procuro,
Viver mais em sintonia!
Pular os meus obstáculos,
Desviar da hipocrisia!
E o resto vamos juntando;
E ao mesmo tempo dançando
A dança do dia a dia.
(Lalauzinho de Lalau)
O rico come lagosta,
Eu posso aqui descrever!
Caviar, filé com fritas,
Ostras do mar, pode crê!
Cada um com o seu talher;
O rico come o que quer
E o pobre come o que ver.
O pobre as vezes não tem,
Nada, nada pra comer!
As fazes come migalhas
Pra poder sobreviver!
Veja a vida como é;
O rico come o que quer
E o pobre come o que ver.
(Lalauzinho de Lalau)
Triste de quem ta mentindo,
E o valor compactua!
Diz que a mentira ta certa,
Que o homem já foi na lua!
Quem é sabido se estira;
Pra quê saber da mentira
Se a verdade é nua e crua.
Se ela tiver perna curta,
Não da pra andar na rua!
O seu direito termina
Onde o meu continua!
A mentira bota e tira;
Pra quê saber da mentira
Se a verdade é nua e crua.
Se é pra mentir, eu tô fora!
Toda mentira recua!
Baixa a guarda, sente medo,
É como um bico de pua!
Vai furando a macambira;
Pra quê saber da mentira
Se a verdade é nua crua.
(Lalauzinho de Lalau)
Gente amarga como fel
Que planta desigualdade!
Velhaco, véi, trapaceiro,
Faz tudo pela metade!
Cheio de mandinga e pantin;
Tinha visto gente ruim,
Mas não dessa qualidade.
Labiador, lazarento,
O fofoqueiro da cidade!
Cachaceiro, macumbeiro,
Tem uma diversidade!
Tudo do começo ao fim;
Tinha visto gente ruim,
Mas não dessa qualidade.
(Lalauzinho de Lalau)
Tantas ruas, tantos becos
Tanta lama na estrada!
Tanta gente sem destino
Dormindo pela a calçada!
Tanto grito, tanta voz;
Quem vai ter pena de nós?
Me diga aí camarada.
Tanta discussão política,
Tanta morte na parada!
Tanta gente sem razão,
Tanta gente sem ter nada!
E o tempo passa veloz;
Quem vai ter pena de nós?
Responda aí camarada.
(Lalauzinho de Lalau)
As perguntas sem respostas,
Num mundo globalizado!
Onde a aparência ganha
De um beijo muito bem dado!
Onde coibimos a fé;
O silêncio responde até
O que não foi perguntado!
Uma resposta bem dada,
Deixa o que for explicado!
Só se aprende, com os erros,
Devemos tomar cuidado!
Só erra muito quem quer;
O silêncio responde até
O que não foi perguntado.
Caio Fernando de Abreu,
Deixou o mote anotado!
Eu gostei e escrevi,
O verso metrificado!
Reflita aí se puder;
O silêncio responde até
O que não foi perguntado.
(Lalauzinho de Lalau)
Sou filho de Seu Lalau,
Que nunca me deixou sozinho!
Sou vaqueiro sem cavalo
Correndo pelo o caminho!
Atrás da vida, da rês
Pra não perder minha vez;
O meu nome é Lalauzinho!
Sou mais um que se desvia
Da furada do espinho!
Dos tropeços dessa vida
Tiro as pedras do caminho!
Pra poder sobreviver;
Vivo e não posso esquecer,
O meu nome é Lalauzinho.
(Lalauzinho de Lalau)
Com o pouco, se faz o muito,
Sorrir, é o que eu sempre quis!
Caminhar, ouvir os pássaros,
O cantar da codorniz,
Quando desce na bebida!
O maior luxo da vida
É prender ser feliz!
Ouvir o cair da chuva,
Sentir o vento que diz:
O calor já foi embora!
Sentir do gosto, a raiz;
Ver a alma colorida,
O maior luxo da vida
É aprender ser feliz.
Estou tentando aprender,
Me esquivar do contradiz!
Me afastar do que não presta,
E apostar no aprendiz!
E na minha história lida;
O maior luxo da vida
É aprender ser feliz.
Não é ter mansão, nem joias,
Nem patente de juiz!
Nem muita grana no bolso;
Isso tudo é cicatriz
Que deixa a alma ferida!
O maior luxo da vida
É APRENDER SER FELIZ.
(Lalauzinho de Lalau)
Chegamos, até sem roupa,
Mesmo sem saber falar!
Depois ganhamos presente,
Uma mãe pra amamentar!
Nessa vida abençoada
Chegamos sem trazer nada;
Também não vamos levar!
Entenda o recado certo
Que veio de lá pra cá!
Chegamos nu, sem moedas,
Só pra depois conquistar!
Depois deixar pela estrada;
Chegamos em trazer nada,
Também não vamos levar.
Ganhamos casa, dinheiro,
Um carro pra passear!
Ganhamos fama, prestígio,
Filhos para abençoar!
Não sei se a vida é culpada;
Chegamos sem trazer nada,
Também não vamos levar!
Viemos pra esse mundo,
Sem saber nem caminhar!
Depois caminhamos tanto
Para poder descansar,
Vencemos, nossa jornada!
Chegamos sem trazer nada;
Nada, não vamos levar.
(Lalauzinho de Lalau)
Sempre escuto os seus conselhos
Pela a voz da experiência!
Tem sabedoria plena
E riqueza de consciência!
E a certeza nunca cala;
O meu pai sempre me fala,
Querer bem, é convivência.
Nem a distancia separa,
Tristeza vem de ausência!
Pensamento vem do tempo,
Riso vem de convergência!
Um ponto comum na sala;
O meu pai sempre fala,
Querer bem. é convivência.
O tempo passa sem pausa
E a vida tem competência,
De viver cada segundo,
Na vida da existência!
Antes de arrumar a mala;
O meu pai sempre me fala
Querer bem, é convivência.
(Lalauzinho de Lalau)
Pense numa cadeirada
Chega levantou poeira!
Ficou um vergão nas costas,
Perece até brincadeira!
Correu a TV todinha;
E se toda raiva minha,
Eu jogasse uma cadeira?
Não ia sobrar nem uma,
Podia empencar madeira!
Bastava ter uma raivinha,
Pra mim fazer uma besteira!
A da sala, a da cozinha;
E se toda raiva minha,
Eu jogasse uma cadeira?
Boleto, papel de luz,
Escorregar na ladeira!
Trocar botijão de gás,
Retelhar a casa inteira!
Arengar com a vizinha;
E se toda raiva minha,
Eu jogasse uma cadeira?
Mas que nível, nós chegamos,
Eita nação brasileira!
Debate sendo combate,
Com xingamento e rasteira!
Datena, Marçal ou rinha?
E se toda raiva minha,
Eu jogasse uma cadeira?
(Lalauzinho de Lalau)
Eu comia o que tinha no meu prato
Só usava o que minha mãe me dava
Pouca coisa do resto que faltava
São lembranças, por ter virado um fato!
A farmácia de mãe, vinha do mato,
Sua reza pra mim, era canção!
Quantas vezes peguei na sua mão
Descobrindo o afeto e a segurança;
Se eu pudesse eu voltava a ser criança,
Mas o tempo chegou, dizendo não.
Tanto tempo passou e eu nem vi
E esse tempo ligeiro carregou
O que eu tinha comigo de valor,
Hoje resta as lembranças por aqui!
E a saudade me faz até sorrir
Pra mostrar tudo o que aconteceu,
O que sou, o que tenho, mãe me deu;
E o meu pai me ajuda todo dia
Com palavras, afeto e companhia,
Pra mostrar quem eu fui e quem sou eu.
(Lalauzinho de Lalau)
Pelas estradas da vida,
Nos lugares que passei!
Tantas pedras no caminho,
Tantas curvas suportei!
Não podia desistir;
Das vezes que eu já caí,
Todas as vezes, eu levantei!
Ei tive momentos bons,
Esses, não esquecerei!
As pedras e os espinhos,
Passei por cima, ou pulei!
Quando pulei me feri;
Das vezes que eu já caí,
Todas as vezes, eu levantei!
Já levei muita rasteira,
Quem me empurrou? eu não sei!
Tudo é escrito na vida
Pelo o nosso Deus que é rei;
Posso dizer: Consegui!
Das vezes que eu já caí,
Todas as vezes, eu levantei!
(Lalauzinho de Lalau)
Folhas secas, galhos podres,
O que estiver ressecado!
Casca que não serve mais,
Nem para o chão adubado!
Leva tudo em grande estilo;
O vento só leva aquilo
Que não está enraizado!
Só carrega o que não serve
Leva com muito cuidado!
As vezes sopra mais forte,
Leva e deixa no passado!
Devemos ficar tranquilo;
O vento só leva aquilo
Que não está enraizado.
(Lalauzinho de Lalau)
Vou a luta, vou em frente,
Sigo sem poder parar!
Passos largos, pernas firmes
Pra evitar tropeçar!
Vou seguindo o meu caminho;
Vou com Deus, não tô sozinho,
Não paro de trabalhar.
Noites frias, dias quentes,
Uma pausa pra respirar!
Penso em Deus, fecho meus olhos,
Pra poder continuar;
Digo com a minha voz aguda:
Quem trabalha, Deus ajuda!
Não paro de trabalhar.
(Lalauzinho de Lalau)
Quanto pesa a cruz de Cristo?
Qual o livro que revela?
Qual o seu tamanho exato?
Quantos pregos tinha nela?
O evangelho traduz!
Só sabe o peso da cruz
Quem ta carregando ela.
Já passei por tantos cantos
Por ruas, beco e viela!
Estradas com muitas pedras,
Prisões sem ter uma cela!
Mas Deus, me deu um luz;
Só sabe o peso da cruz
Que está carregando ela.
Um fardo muito pesado
Qualquer um de nós revela!
Na lutas do dia a dia,
Na vida a gente se mela;
Quem lava a alma? é Jesus!
Só sabe o peso da cruz
Quem está carregando ela.
(Lalauzinho de Lalau)
(Lalauzinho de Lalau)
Lúcido, feliz e honesto,
Vive da felicidade!
Filho do tempo e do vento,
Ama dizer a verdade!
Se veste de honradez;
Conquistando cada mês
94 de idade!
Sábio, forte, bravo e manso
Se veste de humildade!
Nessa idade, ainda sonha,
Vencendo a realidade!
Curte os prazeres da vida;
Com essa idade oferecida
94 de idade.
(Lalauzinho de Lalau)
Sei que no galão da vida
Toda tristeza deságua!
Já reguei as atitudes
Pra superar cada mágoa;
Dessa sina tão ingrata!
Quem carrega a própria lata
Valoriza a gota d´água.
(Lalauzinho de Lalau)
(Lalauzinho de Lalau)
(Lalauzinho de Lalau)
Tantas noites de chuva e tempestade
Que eu passei numa casa gotejando!
Quando o frio ficava incomodando
Aumentava bem mais minha saudade!
Os trovões, foram a realidade,
Cada raio, aumentava o meu pavor!
Eu tentei me cobrir com tanta dor,
E eu na rede sentindo uma frieza;
Cada telha quebrada é a tristeza
E a esperança o meu velho cobertor.
E a chuva molhando o meu telhado
Procurava uma brecha pra passar!
Cada gota que vinha me molhar
Me trazia um arquivo do passado!
Me mostrava uma alegria, um desagrado
Uma conquista, uma derrota ou um favor,
Uma mágoa, uma raiva ou um rancor;
Mas viver pra mim é uma riqueza!
Cada telha quebrada é a tristeza
E a esperança o meu velho cobertor.
(Lalauzinho de Lalau)
Eu ate tinha esquecido,
De dizer, sem brincadeira!
Que a vida tem dessas coisas,
Vento, sol, calor, poeira!
Mas vamos continuar;
Passei pra te desejar
Uma ótima sexta feira.
(Lalauzinho de Lalau)
A vida tem dessas coisas,
Dor, amor e sofrimento!
Tem dias de tempestade,
Tem dias de livramento!
Tem dias de esperança;
De fartura e de bonança
Pra viver cada momento.
Pois viva, e aproveite a vida,
O resto é tudo besteira!
Faça tudo do seu gosto,
Não se estresse com a poeira!
Porque viemos do pó;
Cante se estiveres só,
Que essa vida é passageira.
(Lalauzinho de Lalau)
(Lalauzinho de Lalau)
Depois de tudo e de todos,
Depois de muitos e tantos!
Depois de muitas mensagens
Chegando de muitos cantos!
Sem perder a primazia;
Minha humilde poesia
Vem falar de Silvio Santos.
Dos domingos, sempre alegres
Da Porta, da Esperança!
Quem não quer ganhar dinheiro?
Crescer, viver na bonança!
Ganhar no Show do Milhão,
Passar na televisão;
É o sonho de qualquer criança.
Qual é a Música? me diga?
Que ficará nessa hora!
Cadê, cada aviãozinho?
Quem quer namorar agora?
É tudo "Em Nome do Amor"
O que passou, já passou;
Que pena chegou a hora.
Mas tudo que tem valores,
Eterniza seus encantos!
Permanece sempre vivo,
Renascendo em muitos cantos!
Todo mundo tem seu dia;
Minha humilde poesia,
Vem falar de Silvio Santos.
(Lalauzinho de Lalau)