quinta-feira, 3 de abril de 2025

Mote: É o meu Brasil de caboclo, de mãe preta e pai João...

 

Meu Brasil da cachorrada,
De entra e sai presidente!
Brasil de um povo doente
Que acorda de madrugada!
É o meu Brasil da lambada,
Do carnaval, do São João!
Meu Brasil do mensalão
Que rouba de tudo um pouco!
É o meu Brasil de caboclo,
De mãe preta e pai João.

Brasil que o corona mata
E acaba matando mais!
Escândalo da Petrobrás?
Isso a justiça é quem trata!
Só tem ladrão de gravata
É o Brasil da eleição!
E da manifestação,
Meu Brasil que ficou louco!
É o meu Brasil de caboclo,
De mãe preta e pai João.

Brasil da hipocrisia,
Meu Brasil do cambalacho!
De muito fogo no tacho
Brasil de Zé, de Maria!
Brasil que se espera um dia
Mais saúde, educação!
Muita paz , religião!
Sem pastor atrás de touco!
É o meu Brasil de caboclo,
De mãe preta e pai João.

(Lalauzinho de Lalau)

quarta-feira, 2 de abril de 2025

Chovendo por todo lado...

 

Açude sangrando e cheio,
Deixa o cercado molhado!
O passarinho se protege
Numa brecha do telhado,
Água na sangria desse;
O sertanejo agradece,
Chovendo por todo lado.

Na porteira do curral,
Tudo ali fica abrejado!
A vaca levanta a teta,
Deixa o bezerro apojado!
Vaqueiro não faz espanto;
Fica verde em todo canto
Chovendo por todo lado.

Sendo assim, tudo se anima,
Do vaqueiro ate o gado!
Estou prevendo mais chuva,
Mais chuva por todo lado!
Amigo, deixa chover;
Devemos agradecer,
Meu Jesus, muito obrigado.


(Lalauzinho de Lalau)

terça-feira, 1 de abril de 2025

No tempo que eu era um rei...

 



Com papai aprendi a ser um rei
Num reinado bastante diferente,
Que o tapete vermelho do castelo
Era um pano de chão no meu batente!
No terraço forquilhas arqueadas,
Um balcão, um fogão, uma latada
Onde mãe fabricava os meus pasteis!
Sei que o tempo levou minha rainha,
Conhecida por nós, por mãe Toinha;
A esposa de pai e mãe de dez.

Era assim o castelo que vivi,
Muitas bocas pra pai alimentar,
Só depois que cresci, eu percebi
Que papai não deixou nada faltar!
Trabalhou sol a sol, saía cedo,
A coragem de pai matou o medo
De enfrentar a cruel dificuldade! 
Sustentar cada filho, era o seu plano;
Se eu passar meio século tralhando,
Eu não pago a papai, nem a metade.

E assim foi a sua monarquia,
Sem coroa, sem trono, mas com a verdade,
Tinha pós-doutorado em ajudar,
O trabalho foi sua faculdade!
Foi papai que me deu força, guarida,
Me ensinou os caminhos dessa vida,
No momento que eu mais precisei!
Quero ser a metade do senhor;
Os princípios que tem cada valor,
Que é muito maior que ser um rei.

(Lalauzinho de Lalau)

quarta-feira, 26 de março de 2025

Mote: O que eu aprendi chorando, sorriso nenhum me ensina...

 

Já passei por tanta estrada
Já dobrei em tanta esquina!
Já passei por tempestade,
Vento forte, sol, neblina!
Continuei caminhando;
O que eu aprendi chorando,
Sorriso nenhum me ensina! 

Na escola dessa vida,
Cada teste determina!
Que a gente passe na prova
Sem burlar a disciplina!
Por que Deus está olhando;
O que eu aprendi chorando,
Sorriso nenhum me ensina.

(Lalauzinho de Lalau)

terça-feira, 25 de março de 2025

Mote: Bondade se faz calado, não precisa de zoada...

 

Faça o bem com o coração
Sem tirar foto de nada!
Se quer ajudar alguém
Que está com mão estirada,
Ajude sem ser mostrado!
Bondade se faz calado,
Não precisa de zoada.

Se tiver alguém com sede,
Ofereça água gelada!
Se tiver alguém com fome
Dê um pão, não diga nada!
Pra quê deixar divulgado?
Bondade se faz calado;
Não precisa de zoada.

(Lalauzinho de Lalau)

sexta-feira, 21 de março de 2025

Quando a chuva continua...

 

Chega trazendo alegria
Para quem mora na rua!
Para quem mora no mato
Ver toda a beleza sua!
Quando a chuva vem descendo;
A terra é agradecendo
Quando a chuva continua.

O açude sangra logo,
A seca logo recua!
A mesa fica mais farta,
Comida cozida e crua!
Nasce o capim no cercado;
Meu sertão fica molhado
Quando a chuva continua

Qualquer nuvem carregada
Esconde o sol e a lua!
Passa um riacho correndo,
Lama e barro se a mutua!
Só se ver o aguaceiro;
No meu sertão brasileiro
 Quando a chuva continua

(Lalauzinho de Lalau)

quinta-feira, 20 de março de 2025

O meu nome é Lalauzinho...

 



Meu verso é conexão,
É riso, suor e pranto!
É vida, prosa, e canção,
Não posso fazer espanto!
É TCM, é sertão;
Chega em toda região,
É sucesso em todo canto.

Sou poesia e cordel,
Cultura, tudo juntinho!
Eu também sou TCM
Cruzando o nosso caminho!
Sou repente, sou forró;
Eu também sou Mossoró,
O meu nome é Lalauzinho.

(Lalauzinho De Lalau)