Eu tentei noventa vezes
Fazer um agradecimento!
E dessas noventa vezes
Não pagarei um 1%
Do que papai fez comigo,
Me dando seu ombro amigo,
Quando mais eu precisei!
Me serviu de agasalho,
No frio do meu atalho
Das estradas que passei!
Noventa vezes pedi
Pra Jesus lhe abençoar!
E dessas noventa vezes
A graça eu pude alçar!
Vendo papai caminhando,
Sua passada encurtando
E o cabelo branqueado!
Eu vejo no seu semblante
Que se tornou um gigante
Com os noventa conquistado;
Ele chegou aos noventa
Com garra, força e coragem!
Passou por muitas batalhas,
Lutou sempre em desvantagem,
Sem ter uma arma na mão!
Somente com o coração
E a fé que ele carregava,
Hoje está com essa idade
Morando com a saudade
De mamãe que tanto amava!
Fez de tudo pelo os filhos
E pelo os netos também!
Fez de tudo e ainda faz,
Eu sei disso muito bem!
Olavo Raimundo da Cunha
Tem marcas em cada unha
Do que ainda vai fazer!
Mesmo chegando aos noventa
Essa idade experimenta!
E o bom da vida é viver;
Eu costumo falar sempre
Que o bom da vida é viver!
Eu que passei dos quarenta
Tenho muito que aprender!
Por isso que estou aqui
Para poder dividir
Esse verso com alguém!
Passou na escola da vida
Nessa estrada tão sofrida,
É um professor também;
Devemos saber que nós
Temos um objetivo!
É viver bem nessa vida,
Gritar pro mundo: Estou vivo!
Com saúde e união,
Paz na alma e o coração,
Isso é o essencial!
O resto Deus alimenta;
O bom é chegar aos noventa!
Como chegou Seu Lalau.
(Lalauzinho de Lalau)
Nenhum comentário:
Postar um comentário