Sei que no galão da vida
Toda tristeza deságua!
Já reguei as atitudes
Pra superar cada mágoa;
Dessa sina tão ingrata!
Quem carrega a própria lata
Valoriza a gota d´água.
(Lalauzinho de Lalau)
Sei que no galão da vida
Toda tristeza deságua!
Já reguei as atitudes
Pra superar cada mágoa;
Dessa sina tão ingrata!
Quem carrega a própria lata
Valoriza a gota d´água.
(Lalauzinho de Lalau)
Sábio, forte, bravo e manso
Com um pouco de vaidade!
Nessa idade, ainda sonha,
Vencendo a realidade!
Curte os prazeres da vida;
Com essa idade oferecida
Com noventa e dois de idade.
Parabéns meu pai...
O meu verso traquejado
Chega em menos de um segundo!
Voando por nosso estado,
Vai no raso, vai no fundo!
Quando ele chega é chegando;
O meu verso versejando,
Solto pelo o "mei" do mundo.
Ele não é labrogeiro
Ele nunca foi imundo!
É limpo, feito com classe,
Um sentimento profundo!
Bate, rebate, enaltece;
Mesmo quando ele aparece
Solto pelo o "mei" do mundo.
(Lalauzinho de Lalau)
Traquejado - experiente em qualquer atividade.
Versejando - fazer, compor versos; versar, trovar.
Mei - Gíria popular (meio)
Labrogeiro - Diz-se daquele que faz serviço mal feito, imundo, seboso.
Enaltece - tornar glorioso; exaltar, engrandecer.
Na cidade de Nova Cruz
Teve lá um caçador,
Que matou uma anta grande
E a bicha ressuscitou!
E começou a assombrar
O povo desse lugar;
E um padre exorcizou.
Festa, sair, bebedeira,
Samba, forró, vaquejada!
Carnaval fora de época,
Cerveja boa, gelada!
Beber de fica bicudo;
O domingo é quem faz tudo
E a segunda é a culpada!
O domingo é no sol quente
Bebendo pela calçada!
Passa a noite inteira em pé,
Se a festa estiver lotada!
Só bebendo no canudo;
O domingo é quem faz tudo
E segunda é a culpada;
Passa o domingo todinho,
Numa arruaça danada!
Anda a pé, pra ir pros cantos,
Com as pernas bamba e suada!
Pra mim é um absurdo;
O domingo é quem faz tudo
E a segunda é a culpada.
(Lalauzinho de Lalau)
Foi um ano de inverno
Aqui no nosso sertão!
É um ano de campanha,
De discurso e pé no chão!
Vamos ajeitar a tropa;
Vai ser uma ano de copa
E tem jogo da seleção.
E time bom é o meu,
Que tem o melhor zagueiro!
O ataque é cem por cento,
A defesa é do goleiro!
O meio de campo é primeira;
Pega a bola na carreira
E eu que sou o artilheiro.
Fazendo gol com repente,
Minha passada é de aço!
Minha chuteira é de ouro
No verso do embaraço!
Eu faço tudo direito;
Batendo o verso no peito
Fazendo aquele golaço.
(Lalauzinho de Lalau)
O tempo, vai ser sempre o tempo,
Sei que o tempo nunca espera!
Nunca para, tudo passa,
E eu, em minha tapera!
Vivendo cada estação;
Vivendo inverno e verão,
E mais uma primavera.
Sabendo que a vida é vida,
Vida é poema e canção!
É um aboio, uma toada,
Cantada com o coração!
Vou caminhando e cantando;
Com o meu coração pulsando,
Vivendo cada estação.
(Lalauzinho de Lalau)
Sei que o corre corre é grande
Do sertão pra o litoral!
Nesse país democrático,
Nesse ano eleitoral;
Caminhemos, caminhamos!
É nesse ano que estamos,
Tem campanha eleitoral.
Tem discurso, tem pedido,
Tem uma notícia local!
Tem debate, tem proposta,
Tem pesquisa no jornal!
E é assim que nós cantamos;
É nesse ano que estamos,
Tem campanha eleitoral.
(Lalauzinho de Lalau)
É o vestido da moda
Que custa três mil reais!
As peças com corpos nus
São atrações sensuais!
E se essa moda pega;
Vai ajeitar muita prega
Como mostra nos jornais.
(Lalauzinho de Lalau)
(Lalauzinho de Lalau)
Ele que foi humorista,
Plantou riso nos pomares!
Fez da vida uma comédia,
Levando o riso, a milhares!
Partiu pela madrugada;
Sua face será lembrada,
Quem morreu? foi Jó Soares.
Com oitenta e quatro anos,
Entrou tanto em nossos lares!
Deixa a família enlutada,
E aqui deixo os meus pesares!
Humorista e escritor,
Também apresentador;
Quem morreu? foi Jó Soares.
(Lalauzinho de Lalau)
Final de tarde chovendo,
Em cima do nosso pó!
A madrugada mais fria,
Pra dormir ficou melhor!
O meu verso vai dizendo
Que eu dormi me tremendo,
Com o frio de Mossoró.
Parecia até Martins,
No frio que arrocha o nó!
Sem o ar-condicionado,
O frio tava melhor!
É mentira ou brincadeira?
Me deu uma tremedeira;
Com o frio de Mossoró.
(Lalauzinho de Lalau)
Se a nuvem for carregada,
Deixando o mar agitado!
Cada onda gigantesca
Balança pra todo lado!
Vamos ver quem se sai bem?
Quando a tempestade vem,
Testa quem tá ancorado.
Raios, trovões , nuvem escura,
Deriva, sem resultado!
Rota sem rota, correntes,
Treme quem está embarcado!
Terra a vista que não tem;
Quando a tempestade vem,
Testa quem tá ancorado.
(Lalauzinho de Lalau)
Já aceitei o convite,
E vai ser bom de verdade!
Contarei a minha historia,
Só falarei a verdade!
Matuto cabra da peste;
Na TV Cidade Oeste,
Vaquejada na cidade.
O amigo Djalma Junior
Um cara espetacular!
Fez o convite, e nós vamos,
Vamos lá participar!
Com Fabiano Tavares
E Claudio do Arapuá.
(Lalauzinho de Lalau)