Sempre escrevi com a direita...

Sempre escrevi com a direita

A esquerda é mais parada

Mas eu preciso das duas

Pra da calor na boiada

Manobrar o microfone

Matar um pouco da fome

Sem as duas, não sou nada!

A esquerda me manobra

A direita me auxilia

Mas se eu perder elas duas

Do poeta, o que seria?

É a junção mais perfeita

A esquerda e a direita

Nesse nosso dia a dia

(Lalauzinho de Lalau)

Mote: É bom já irem botando ordem aqui no nosso país...

Tirando a corrupção

Cortando o mau na raiz

Unificando o Brasil

Fazendo o povo feliz

Que esse povo inteiro acorde

É bom já irem botando ordem

Aqui no nosso país

Dando mais direito ao povo

De ter o que sempre quis

Pregando ética e trabalho

Ouvindo o que o povo diz

Se for ruim o povo morde

É bom já irem botando ordem

Aqui no nosso país

(Lalauzinho de Lalau)

Mote: O risco que corre o pau, corre também o machado...

Eu transformei no meu mote

Esse bonito ditado

Que na escola da vida

Tem sempre um aprendizado 

Quando se sai do mobral

O risco que corre o pau 

Corre também o machado

Vivo pensando na vida
E o que ela tem me ensinado
É respeitar nosso próximo
Pra depois ser respeitado
Sem dá lição de moral
O risco que corre o pau
Corre também o machado

A fora outros exemplos
Pra dá conta do recado
Pra apresentar a prova
Recebendo o resultado
Da vida, assim no geral
Porque o risco que corre o pau
Corre também o machado

(Lalauzinho de Lalau)

Sou como...

Sou como cobra criada

Solta no canavial

Esperta pra dá o bote

De um jeito bem natural

O meu instinto é assim

Do começo ate o fim

Sou Lalauzinho de Lalau

Sou como trem carregado

Sem poder sair dos trilhos
Sou como a pobre cegueira

Querendo enxergar os brilhos

Do raia de um novo dia
Sou família e companhia
Querendo educar os filhos

Sou meu repente travesso
Pra todo canto que vou
Sou a fé que tenho em Cristo
Cristo está a onde estou
Dês do tempo de menino
Versejar é meu destino
Só eu que sei quem eu sou

(Lalauzinho de Lalau)

Quem será o vencedor?

Quem vai trazer a resposta

São as urnas, seu doutor!

E a contagem dos votos

De cada amigo eleitor

Se espelhar o povo junta

Mas fica aqui a pergunta

Quem será o vencedor?

O preto, o branco ou pobre?

Ou rico do lugar?

Aquele de ceda fina?

Aquele mais popular?

Ou é aquele menor?

Ou é aquele maior?

Vamos ver quem vai ganhar!

(Lalauzinho de Lalau)

A gente esculta de tudo...

A gente esculta de tudo

Em época de eleição

O fim do bolsa família

Racismo no avião

Se esculta, em mandar matar!

Em regime militar!

Guerra, briga e repressão

Se esculta de tudo um pouco

Esse é ruim, esse é cruel!

Vote nesse, que ele é bom!
O outro tira o chapéu
Pra quem ta desprotegido!
Mas o outro é mais fingido
E o outro promete o céu

E assim segue roteiro
Eleição no meu Brasil
Aqui se esculta de tudo
Fake news a mais de mil
O povo todo se matando
Discutindo e apostando
E a gente pelo o funil

(Lalauzinho de Lalau)

Nesse domingo que vem...

Nesse domingo que vem

Vai ter eleitor votando

Gente ruim roendo as unhas

Outros sorrindo e pulando

Dizendo assim: ainda bem!

Nesse domingo que vem

Você vá se preparando

Nesse domingo que vem

Logo após a eleição

Vai ter vitoria pra uns

Pra outros, decepção!

Vamos ver gente sorrindo

E a outra parte fugindo

Depois dessa apuração

Depois dessa apuração

 Vamos ver quem é que tem

Punho forte no trabalho

Mais compromisso também

O futuro da nação

Vem depois da eleição

Nesse domingo que vem

(Lalauzinho de Lalau)

O mundo em versos...

Nosso mundo vive assim

Balançando toda hora

Rodando no mesmo eixo

Sem parar até agora

Desde que Deus fez, pra cá!

A terra pegou rodar

Sofrendo numa demora

Ela sofre e como sofre

Com o trânsito tumultuado

Guerra, choro, grito, morte

 Aqui e em outro estado

Nesse mundo violento

 A terra sofre um tormento

Ta tudo desmantelado

E o povo está nem aí

A terra pode sofrer!

A mata está devastada

Nosso rio sem correr

Nosso rio Mossoró!

Morrendo com lama e pó

O que é que vamos fazer? 

E em quanto isso, o Brasil!

Sofre com a economia

O rombo do tamanho do mundo

Meteram a mão na bacia

A justiça feito o cão

Já tem nego na prisão

Valei-me Dona maria!

(Lalauzinho de Lalau)

Rosalba...

Ela sabe trabalhar 

E trabalha de verdade

Tem trabalho em todo canto

Espalhados pela cidade

Ela entende muito bem

Mais trabalho ainda vem!

Mais trabalho, e lealdade!

E nesse segundo turno

Um ano de eleições

Rosalba tem seu prestigio

Conquistou as emoções

Trabalhando não se atrasa

Está arrumando a casa

Trazendo mais soluções

Eu confio em seu trabalho

Em sua força de vontade

Na bravura da mulher

Na sua sinceridade

E na vontade também

De trabalhar muito bem

Com critério e lealdade!

(Lalauzinho de Lalau) 

Respeitem a mãe natureza...

O planeta pede ajuda

E você pode ajudar

Não poluindo o planeta

Preservando rio e mar

Amigo tenha firmeza

Respeite a mãe natureza

 Deus vai lhe recompensar

Tire o pássaro da gaiola

Acabe com a escravidão

Tire o lixo das vielas

Sejamos mais cidadão

Eu digo nem que me mate

Se cada um fizer sua parte

Encontramos a solução

Assim teremos ar puro

E um planeta equilibrado

Uma comida mais saudável

Um mundo mais sossegado

Sem ferir a natureza

Disso, eu tenho certeza!

E Deus lhe diz, obrigado!

(Lalauzinho de Lalau)

Professor de poesia...

Saiu cinco professores

Da casa onde eu morei  

Os meus pais se orgulharam 

Lembro tudo, tudo eu sei

Uma boa criação

É bom para educação

Todo filho vira um rei

Não segui a profissão

Mas mamãe deu-me valor

Sou um humilde poeta 

Não sou um educador

Mas educo o meu repente

Com a força da minha mente

E dedico pra o professor

Vou dando uma aula de verso
Pra o povo na sintonia
Fazendo verso no rádio
Toda hora e todo dia
E a profissão continua
E o povo diz pela rua
Professor de poesia

(Lalauzinho de Lalau)  

Na caminhada do dia...

Quero paz interior

Quero isso e muito mais

Muito mais simplicidade

Nas coisas que a vida trás

Com mais amor no meu peito

Ando simples desse jeito

Fazendo o que a gente faz

Cultura, humor, poesia

Levo sempre na bagagem

Um pouco de heroísmo

Mais um pouco de coragem

Garra pra poder lutar

Isso não pode faltar

Seguindo a minha viagem

Na caminhada do dia

Quero mais compreensão

Com minhas filhas do lado

Minha esposa e união

Quero isso e muito mais

Nas coisas que a vida trás

E Jesus no meu coração

Deus me deu o privilegio

De seguir a minha meta

De ser um abençoado

Fazendo a coisa mais certa

Sem inveja de ninguém

Pra Jesus eu digo: amém

Graças a Deus sou poeta

(Lalauzinho de Lalau)

Começa a temporada de voo livre em Patu...

Mais de sessenta pilotos

Desse meu mundão inteiro

Na rampa do voo livre

Em Patu, chão brasileiro!

Vivi uma bela temporada

A emoção fica marcada

Par quem quer voar primeiro

Temporada de voo livre
Vem gente de Norte a Sul
França, Áustria e Inglaterra
Polônia, eu falar pra tu!
México, Suécia e Portugal
Todos num foco principal
A linda serra de Patu

(Lalauzinho de Lalau)

Aí vem o segundo turno...

Tanto grito pela as ruas
Que da pra ouvir em saturno
São tantos desbravadores
Na pisada do coturno
Do jeito que ta, não dá!
Não sei se vai melhorar
Aí vem o segundo turno

Vamos lá, o povo escolhe!

E o povo tem que aprender

E fazer a diferença

O povo tem que saber

Quem é bom, e quem é ruim!

Democracia é assim

Na hora de escolher

(Lalauzinho de Lalau)

Pois eu agora voltei...

Passei um tempo afastado

Sem escrever o que sei

Que é fazer poesia

Que no repente eu sou rei!

Eu nunca plantei revolta

Mas agora estou de volta

Pois eu agora voltei

 Voltei pra escrever em versos

As coisas do meu sertão

O sentimento do povo

A força da oração

Voltei pra escrever pro povo

Pra o velho e também pro novo

O verso e a informação

(Lalauzinho de Lalau)

Quando a velhice chegar...

Quando a velhice chegar

Quero está bem preparado

Escorado no cajado

Quando a velhice chegar

E depois dela me abraçar

Com bastante plenitude

Lembrarei da juventude

Quando a velhice chegar

Eu lembrarei das virtudes

Das estradas que passei

Dos amores que troquei

Do que fiz, do que não pude

Da doença, da saúde!

Do meu jeito de andar

Olhe como ele está

A passada está mais lenta

Todo mundo experimenta

Quando a velhice chegar

Ela vem sem avisar

Entra na acasa da gente

Torando a raiz do dente

Dificultando o paladar

Embaça meu enxergar

E em cada tato da mão

Perde um pouco da porção

Da tal sensibilidade

E deixa rastros de saudades

Nas fibras do coração

Quero chegar na velhice

Novo não quero morrer

Ser velho é saber viver

Com um pouco de meninice

Deixar de lado as tolices

Praticar o verbo amar

Crescer e multiplicar

Plantar pra depois colher

Ser velho é saber viver

Quando a velhice chegar

(Lalauzinho de Lalau)