Queremos um mundo novo,
A paz se faz desse jeito
Troque a arma pela flor,
E troque o mal pelo o bem!
Troque o ódio pelo o amor,
Descarte o rancor também!
Faça isso e muito mais;
Por que nós queremos paz
Pra esse ano que vem.
Morreu com 70 anos
Ainda hospitalizado!
O filho de Dona Adalgisa
Deixou aqui seu legado,
3 filhos e a mulher!
Morre o filho de Dix-Sept;
Jeronimo Dix-Sept Rosado.
Ontem na segunda feira
Saiu o comunicado,
Sobre o seu falecimento,
Tudo foi noticiado!
Da vida perdeu o brilho;
Mossoró perde seu filho
Jeronimo Dix-Sept Rosado.
(Lalauzinho de Lalau)
Tanta gente em desespero
Em momentos de agonia!
72 municípios
Chovendo de noite a dia!
Precisamos dá as mãos;
Rezemos pelo os irmãos
No estado da Bahia.
Já contam 18 mortos
Isso é o que se avalia!
Mais de 400 mil
Pessoas sem energia!
Crianças e anciãos;
Rezemos pelo os irmãos
No estado da Bahia.
19 mil desalojados,
E vem mais chuva, quem diria!
Cidades sendo engolidas
Pela a enchente e água fria!
Qual será a previsão?
Rezemos pelo os irmãos
No estado da Bahia.
(Lalauzinho de Lalau)
Passamos o ano todo
Cheio de mandinga e pantim!
Sem sorrir, sem ajudar
Sendo um bocadinho ruim,
Rasgando a mala do som;
Porque é natal, quer ser bom!
Todo natal é assim.
O tal do amigo secreto
Passe bem longe de mim!
Nunca gostei e nem gosto,
Só ser bom perto do fim?
Vá ser bom o ano inteiro!
Sejamos mais verdadeiro;
Todo natal é assim.
(Lalauzinho de Lalau)
Trabalhar pra quem não paga,
Cagar, limpar com jornais!
Separar briga de bebo
Pulando nos carnavais!
Pula cerca, Pula muro;
Em negócio sem futuro,
Entrei, mas não entro mais!
Dançar com mulher zambeta,
Trocar botijão de gás!
Tirar goteira de casa,
Eu quero nada rapaz!
Ir dormir num colchão duro;
Em negócio sem futuro,
Entrei, mas não entro mais!
(Lalauzinho de Lalau)
Falta de verso ou assunto,
Sem ter nada pra dizer!
Sem inspiração na hora
Sem vontade de escrever!
Sem saber nem explicar;
Tanto tempo sem postar
Por conta sei nem de quê.
Pode ter sido um descuido,
Só hoje eu vim perceber,
Que o meu verso é o meu refúgio
Que alimenta o meu viver!
Só hoje é que eu vim notar;
Tanto tempo sem postar
Por conta sei nem de quê.
(Lalauzinho de Lalau)
Aqui não temos partido
Nem time de futebol,
Religião? atitude!
Deus da chuva, Deus do sol;
Nunca vou está sozinho!
Porque tenho em meu caminho
Aninha, Júlia e Carol.
(Lalauzinho de Lalau)
Nesse domingo que vem,
Onde vamos se encontrar?
Eu estarei na cidade
Por nome de Itajá!
Vou levando poesia;
Cavalgada de Santa Luzia,
Com certeza estarei lá.
Vai ser no domingo agora,
Dia 12 esse é o dia!
Vou conduzindo os vaqueiros
Com fé em Santa Luzia!
Na cidade de Itajá
O que não pode faltar
É repente e poesia.
(Lalauzinho de Lalau)
Tanta morte, tantos ais!
Depois do desmatamento
E a morte dos animais!
A extinção da jaçanã;
Cuidado com o amanhã,
Pode ser tarde demais.
Depois de esquecer de Deus,
Dizer: Pra mim tanto faz!
Depois de pisar os outros,
Que na estrada ainda estais
Com uma criança pagã!
Cuidado com o amanhã,
Pode ser tarde demais.
Esquecer a dor do próximo
Que chora a beira do cais!
Sem ajudar, sem ouvir
Compreender mais e mais!
Não pode ouvir o tupã;
Cuidado com o amanhã,
Pode ser tarde demais.
(Lalauzinho de Lalau)
(Tupã - Deus do trovão)
(Jaçanã - Ave nativa da América do Sul)
(Cais - Elevação de terra ou aterro a margem do rio)
(Pagã - Criança que não foi batizada)
Perdemos mais um colega
Com o seu trabalho e seu dom!
Um grande radialista,
Se destacou pelo tom,
De um bom comunicador!
Foi também vereador;
Perdemos J. Belmont.
Morre aos 76 anos,
Foi deputado estadual!
De São José do Campestre,
A sua terra natal;
Pra os que ficaram a chorar
Vai os votos de pesar
De Lalauzinho de Lalau.
Egoísta, pensa muito
Sempre em se favorecer!
Carrega a hipocrisia,
Suja a água de beber!
Desse lado eu nunca estive;
Tem ser humano que vive
E acha que não vai morrer.
Acha que ele é eterno
E que nunca vai padecer!
Ignora a dor alheia,
Passa e finge que não ver!
Digo algo mais, inclusive;
Tem ser humano que vive
E acha que não vai morrer.
(Lalauzinho de Lalau)
No batuque do atrito!
Na atitude mais nobre
No silencio do aflito!
Ta na força de ajudar
A quem quer se levantar;
A coragem não ta no grito.
Ta na seca do Nordeste
Nesse chão torrado e frito!
Ta no pão que mata a fome
No berrado do cabrito
Que escapou de morrer!
Ta em cada amanhecer;
A coragem não ta no grito.
(Lalauzinho de Lalau)
Ganhou a Libertadores
Passou na televisão!
Tristeza pra o rubro-negro
E muita lamentação!
Lamentou os jogadores;
No final da Libertadores,
Palmeiras tricampeão.
Nem Gabigol teve jeito
Com o gol da decisão!
Quem fez o gol foi o Deyverson
Chorou até de emoção!
Mas uma pedra no sapato;
O que será de Renato?
Palmeiras tricampeão.
(Lalauzinho de Lalau)
O tempo carrega o tempo,
O seu melhor conteúdo!
Cobra tudo o que foi feito,
Veste de trapo e veludo
Homem, menino e mulher;
O tempo engana até
Quem pensa que sabe tudo.
Dá visão pra quem é cego,
Falação pra quem é mudo!
Traz o longe pra mais perto,
O tempo é o melhor estudo,
Tira dez, quem tem mais fé!
O tempo engana até
Quem pensa que sabe tudo.
Transforma segundos em horas,
Deixa o magro barrigudo!
Deixa o barrigudo magro,
O careca, cabeludo!
Deixa o que ele quiser;
O tempo engana até
Quem pensa que sabe tudo.
(Lalauzinho de Lalau)
(Lalauzinho de Lalau)
De geladeira vazia
O meu freezer vive a míngua!
Me dá febre e dor no corpo,
Na virilha, nasce a íngua!
Antes que eu desencarne;
Eu só tô mordendo carne,
Quando tô mordendo a língua.
(Lalauzinho de Lalau)
Quantos paus, uma canoa,
É feita pra ela boiar?
Foi a galinha ou ovo,
Que veio em primeiro lugar?
Como se corre de costas?
Eu nuca tive respostas;
Só resta agora esperar!
Será que Davi fez força?
Na hora de rebolar
A pedra para Golias
Pra poder lhe derrubar!
Será que Cristo está vindo?
Ele não anda mentindo!
Só resta agora esperar.
(Lalauzinho de Lalau)
Eu tenho nojo de ver
A violência nos jornais!
De pais que maltratam os filhos,
Filhos que maltratam os pais!
Fome, guerra e desamor,
Ódio, inveja e rancor;
Tenho nojo até demais.
(Lalauzinho de Lalau)
É uma linha imaginária
Que não tem explicação!
São fatos, mitos,verdades
Falta de compreensão!
Orgulho em descer do pódio;
A linha que divide o ódio,
O amor e a oração.
Essa divisa é sem cunho
Sem palavra e sem razão!
Sem vontade, sem porteira,
Com amor no coração;
Mas só em outro episódio!
A linha que divide o ódio,
O amor e a oração.
Linha sem eira e nem beira
Feita pela a ingratidão!
Sei que o tecelão do tempo
Produz com mais precisão!
O tempo é o nosso custódio;
A linha que divide o ódio,
O amor e a oração.
(Lalauzinho de Lalau)
Repórter policial,
Traz a notícia da fonte!
Ferreira hoje é saudade,
Deixando o nosso horizonte!
Que pena que faleceu,
Foi ontem que ele morreu;
Adeus pra Ferreira Monte!
(Lalauzinho de Lalau)
Cada dia que renasce
No nascer de cada dia,
É mais uma página da vida
De um ciclo que se inicia!
É um presente de Deus;
Que afaga os passos seus
Em forma de poesia.
O início de um novo dia
É de Deus o acalento!
A arte de Deus é vida,
É poesia e talento!
É Deus brincando com a gente;
Mostrando ao sobrevivente
Que a vida tem seu momento!
Tudo começa e termina,
Tudo tem começo e fim!
Tudo tem hora e tem vez,
Tudo tem não e tem sim!
Tudo vem e tudo vai;
E hoje agradeço a Deus pai,
Tudo, o que ele fez por mim.
(Lalauzinho de Lalau)
Quem me ver pelo caminho,
Fica só imaginando!
Quem chamou, quem trouxe ele?
Porque ele está falando?
Fica só se remoendo;
E eu vou logo dizendo:
Eu estou, só trabalhando!
Eu vejo caras e bocas
Que sai por aí gritando!
Despeitado pelo o mundo,
Só conversa bravejando;
Dizendo: eu tenho razão!
Não lhe devo explicação,
Eu estou, só trabalhando.
(Lalauzinho de Lalau)
Tantos berros, tantos gritos
Com tantas mãos levantando!
Tantos rangeres de dentes,
Com tantos nariz fungando!
Eu fico só assistindo;
Tanta gente discutindo
E eu de longe só olhando!
Tantos olhares por baixo,
Tantos cochichos falando!
Tantos empurrões de lado,
Uns saindo, outros chegando!
As vezes eu fico rindo;
Tanta gente discutindo
E eu de longe só olhando.
(Lalauzinho de Lalau)
Depois de ouvir tanto ai,
Depois de ouvir tanto não!
Depois de tantos problemas,
Depois, sem ter solução!
Se vai uma vida inteirinha;
Aí, minha alma diz sozinha,
O poeta tinha razão.
(Lalauzinho de Lalau)
Vem gente de todo canto
Norte, Leste, Oeste, Sul,
Dia trinta e um, domingo!
Fabio Boi convida tu;
Não tem nada que nos abale,
Cavalgada Amigos do Vale
É na cidade de Assu!
Sai da praça Jota Keully,
Vamos lá se divertir!
Café da manhã de graça,
Depois iremos sair
Com destino a Linda Flor
Chegando a todo vapor
Ao Balneário de Bibi!
Lá tem feijoada grátis
E um baita de um forrozão,
Gil Martins, Forró A3
E mulher não paga não!
E Lalauzinho logo chama;
Conduzindo a vaqueirama
Com Henrique do Papelão.
(Lalauzinho de Lalau)
Tudo que eu vejo na vida,
Sou sensível, me comovo!
Se tem pedra em meu caminho,
Empurro ela e removo!
Mais pedras estão ali;
Quando tropecei cai,
Levantei, segui de novo!
Enquanto uns comem bife
Muita gente come ovo!
Na vida se ver de tudo,
E o show da vida é o povo!
Eu andando por aí;
Quando tropecei cai,
Levantei, segui de novo.
(Lalauzinho de Lalau)
Meus medos, minhas angústias,
Minha alma não revela!
Meus desejos, minha prenuncia,
Raiva que deixa ceguela!
Vem de uma vida tecnóloga;
Se eu contar a psicóloga,
Acho que quem chora é ela.
Se eu contar a minha história
Pra ouvir os conselhos dela!
Falar das pedras e espinhos,
Da sede em minha goela!
Nessa condição homóloga;
Se eu contar a psicóloga,
Acho que quem chora é ela.
(Lalauzinho de Lalau)
Com A eu escrevo anel,
Asa, amor, abacaxi!
Andorinha, adormecida,
Ave, abre, adeus, aqui!
Alvorada e ambição,
Astúcia, ar, avião;
Astuto, amarelo, Almir.
(Lalauzinho de Lalau)
Com R escrevo Roseta,
Riso, rio, riachão!
Risada, redemoinho,
Rua, rancho, ribeirão,
Ribanceira, rei, rainha!
Radical, rede, Ridinha;
Rivotril, revolução.
(Lalauzinho de Lalau)
De estrada e poesia!
Setenta e dois versejando
Com bastante maestria!
O poeta da lagoa
Que recita coisa boa,
Da mente que tanto cria.
São só setenta e dois anos
Que ele vai completar!
Muitos amigos, poetas,
Com certeza vai pra lá!
Uma noite de muito agrado;
Se sinta aí convidado,
Vamos todos festejar.
(Lalauzinho de Lalau)