Por que derramaram o leite?

Tirando a prova dos nove

Não tem um que se aproveite!

Isso tudo me comove,

Quero que você aceite,

Minha humilde opinião!

Fica a interrogação;

Por que derramaram o leite?

Por que derramaram o leite?

Que tanta gente consome!

Numa crise grande dessa

Com tanta gente com fome,

E a cara da precisão

Estendendo a sua mão;

Gritando pelo o seu nome!

Tanta criança sem leite,

Sem ter leite pra tomar!

Tanto idoso atrás de um copo

Para poder escapar!

Se derrama, ninguém junta;

Agora vem a pergunta,

Tinha pra que derramar?

Por que derramaram o leite?

Se cozinhar no calor,

Mata todas as impurezas

Segundo um pesquisador!

Derramando pelo o chão;

Acaba com a profissão

Do Nego trabalhador.

Se for fiscalizar tudo,

Vai ver muita coisa errada!

Desvios com falcatruas,

Propina sendo cobrada!

Moído junto a mutreta;

Se seguir no pé letra,

Aqui não escapa nada.

Esse verso eu fiz pra ele,

Que gosta da minha prosa!

Ele que é trabalhador,

De Patu, terra famosa!

Seu leite foi derramado;

Eu fiquei indignado

Meu amigo Nego Rosa.

Por que derramaram o leite?

(Lalauzinho de Lalau)

Seu Lalau...

 

Ele tem experiência

Pra dá e também vender!

Na matemática da vida

Tudo sabe resolver!

Nos 91 de idade;

Ainda planta vontade

De caminhar e viver.

(Lalauzinho de Lalau)

Frente e verso...

 

Peixe bom é carapeba,

Um prato bom? é buchada!

Mulher boa? é a cheirosa!

Conversa? só de calçada! 

Casa boa? é a da gente

Pão francês só presta quente,

Festa boa é vaquejada!

Já disse isso, ta dito!

Eu já falei, ta falado!

 Da cabra quero o cabrito,

O boi eu quero amarrado,

Lá no pé da cajarana;

Bebo só presta pra cana

Pra dançar desmantelado!

Graúna só presta solta,

Galo campina também!

Bebendo a água da fonte,

Comendo qualquer xerém!

Cantando ao raiá do dia

A mais linda melodia,

Sem dever nada a ninguém;


Novela? só a da vida!
Filho? criado com os pais!
 Amor? só presta de muito,
Pra multiplicar a paz!
Do amor, quero reprise;
Só assim a gente vive,
Cada vez mais, muito mais.

 (Lalauzinho de Lalau) 

O meu nome é Lalauzinho...

Sou filho de Seu Lalau,

Que nunca me deixou sozinho!

Sou vaqueiro sem cavalo

Correndo pelo o caminho!

Atrás da vida da rês

Pra não perder minha vez;

O meu nome é Lalauzinho!

Sou mais um que se desvia 

Da furada do espinho!

Dos tropeços dessa vida

Tiro as pedras do caminho!

Pra poder sobreviver;

Vivo e não posso esquecer,

O meu nome é Lalauzinho.

(Lalauzinho de Lalau)

Ta tudo mesmo jeito...

A gasolina ta cara,

O meu carro com defeito!

O gás de cozinha caro,

O povo com preconceito!

Mentiroso feito o cão,

Gente ruim, doido, ladrão; 

Ta tudo mesmo jeito!

Só ta bom pra os poderosos,

Presidente, senadores, deputados,  prefeito!

Pra quem está no poder,

Comendo bem satisfeito!

E o pobre no repeteco,

Só tomando no caneco;

Tá tudo mesmo jeito.

A carestia ta grande,

O pobre é insatisfeito!

Só quando ele morde a língua,

É que morde a carne direito!

A briga é pelo o poder,

Só um doído que não ver;

Tá tudo do mesmo jeito. 

(Lalauzinho de Lalau)

O urubu...

 

O urubu sobrevoa

A carniça feito grude!

Voa sem bater as asas

Gozando da altitude! 

Só vive na terra quente,

Mas nunca ficou doente;

Morre velho com saúde!

Nasce branco e morre preto!

E a sua alimentação?

É a carne muito podre,

Bicho em decomposição!

Tem o pescoço pelado

Como podre e lambuzado;

Nunca tem má digestão.

(Lalauzinho de Lalau)

Mote: Por que nasce cabelo embaixo e não nasce cabelo em cima?

Só mesmo o estuda da NASA,

Que o estudo tanto estima!

Pra desvendar essa feita

Que eu traduzo em minha rima!

Resposta que eu nunca acho;

Por que nasce cabelo embaixo

E não nasce cabelo em cima?

Será que é o estresse?

Ou a mudança de clima!

Ou são os próprios boletos,

Das contas que se aproxima!

São coisas que eu não encaixo;

Por que nasce cabelo embaixo,

E não nasce cabelo em cima?

(Lalauzinho de Lalau)

Meus parabéns Ana Júlia....

Ela, é a minha caçulinha,

Ela é o meu sol, minha lua!

Ela carrega o meu xero,

Ela é sorriso na rua!

Ela é princesa singela;

É também por causa dela

Que a minha vida continua.

Ela é cheia de energia,

Aventureira e sagaz!

Recita bem poesia,

Gosta muito do que faz!

Ela é muito inteligente;

Deus que me deu de presente,

Ela é linda até demais! 

Hoje está de idade nova,

Nos 9 anos mergulha!

Faz da vida a sua vida

E apaga qualquer fagulha!

Painho quer tanto bem;

E hoje eu vim dá parabéns 

Pra minha linda Ana Júlia.

(Lalauzinho de Lalau)

Mote: O maior luxo da vida é aprender ser feliz...

Com o pouco se faz o muito,

Sorrir, é o que eu sempre quis!

Caminhar, ouvir os pássaros,

O cantar da codorniz,

Quando desce na bebida!

O maior luxo da vida

É prender ser feliz!

Ouvir o cair da chuva,

Sentir o vento que diz:

O calor já foi embora!

Sentir do gosto, a raiz;

Ver a alma colorida,

O maior luxo da vida

É aprender ser feliz.

Estou tentando aprender,

Me esquivar do contradiz!

Me afastar do que não presta,

E apostar no aprendiz!

E na minha história lida;

O maior luxo da vida

É aprender ser feliz.

Não é ter mansão, nem jóias,

Nem patente de juiz!

Nem muita grana no bolso;

Isso tudo é cicatriz

Que deixa a alma ferida!

O maior luxo da vida

É APRENDER SER FELIZ.

(Lalauzinho de Lalau)

Mote: Chegamos sem trazer nada, também não vamos levar...

Chegamos, até sem roupa,

Mesmo sem saber falar!

Depois ganhamos presente,

E uma mãe pra nos ninar!

Nessa vida abençoada

Chegamos sem trazer nada;

Também não vamos levar!

Ganhamos casa, dinheiro,

Um carro pra passear!

Ganhamos fama, prestígio,

Filhos para abençoar!

Não sei se a vida é culpada;

Chegamos sem trazer nada,

Também não vamos levar!

Viemos pra esse mundo,

Sem saber nem caminhar!

Depois caminhamos tanto

Para poder conquistar,

Depois, deixamos na estrada!

Chegamos sem trazer nada;

Nada, não vamos levar.

(Lalauzinho de Lalau)

Mote: O meu pai sempre me falar, querer bem é convivência...

Sempre escuto os seus conselhos

Pela a voz da experiencia!

Tem sabedoria plena

E riqueza de consciência!

E a certeza nunca cala;

O meu pai sempre me fala,

Querer bem é convivência.

Nem a distancia separa,

Tristeza vem de ausência!

Pensamento vem do tempo,

Riso vem de convergência!

Um ponto comum na sala;

O meu pai sempre fala,

Querer bem é convivência.

O tempo passa sem pausa

E a vida tem competência,

De viver cada segundo,

Que a vida tem existência;

Antes de arrumar a mala!

O meu pai sempre me fala

Querer bem é convivência.

(Lalauzinho de Lalau)

Mote: O que ela fez comigo, não se faz nem com um cachorro...

Quando, eu era solteiro,

Vivia subindo o morro!

Solto pelo o "mei" do mundo,

Num cavalo feito zorro!

Cheio de terra no umbigo;

O que ela fez comigo,

Não se faz nem com um cachorro!

Saiu, sem me dizer nada,

Gritei, sem pedir socorro!

Ela nem olhou pra trás,

Eu falei: agora morro!

Virei o seu inimigo;

O que ela fez comigo,

Não se faz nem com um cachorro.

(Lalauzinho de Lalau)

Mote: Na hora que a fome aperta, todo mundo quer comer...

Se a fome for verdadeira

Pra gente sobreviver,

Come o que ver pela à frente,

O que possa aparecer!

Ficamos de boca aberta;

Na hora que a fome aperta,

Todo mundo quer comer!

Não existe o "fastioso"

Para o apetite esconder!

Se a barriga está fazia,

A fome vem lhe dizer

Que a opção é incerta;

Na hora que a fome aperta,

Todo mundo quer comer.

Não tem escolha, nem rumo

Nem como você dizer:

Quero aquilo, ou quero esse,

Acho que vou escolher!

Quando for pouca a oferta;

Na hora que a fome aperta,

Todo mundo quer comer.

(Lalauzinho de Lalau)

Um programa sem padrão...

O sertanejo reclama:

Aí meu Deus, como é que pode!

Um programa de TV,

Na nossa cara sacode

Um monte de falação! 

Sem ter bom senso e padrão;

Falar da carne de bode.

Não sei nem qual o programa,

Também não quero saber!

Não assisto, nem petisco

Mas aqui quero dizer!

Que meu apetite explode

De comer carne de bode;

Ô bicho bom de comer!

Um programa de padrão,

Não vai falar de frescura!

Criticar carne de bode

Que é bom com toda mistura!

Se tem fome é pra comer;

Venha pra cá conhecer

Nossa caprinocultura.

Nosso cabrito no forno

Tira em primeiro lugar!

Temos queijo e iogurte

De um leite espetacular;

Que a nossa cabra sacode!

São derivados do bode

Que você vem criticar.

Era só o que faltava,

Formar sua opinião!

Falar da carne caprina,

Criticando sem razão!

Chamar de "prato de fome"

Respeite o sertão, seu nome;

Tenha prudencia e padrão.

Respeite a historia de um povo

Que vive só em lutar!

Respeite esses criadores

Que nasceu pra trabalhar!

A gente fala o que pode;

Respeite a carne de pode

Aqui, e em qualquer lugar.

(Lalauzinho de Lalau)

Ta tudo caro...

Como é, que o povo escapa?

Alta no preço do gás!
Um quilo de carne custa
Seus trinta e oito reais!
Tem que dividir pra dois;
E agora feijão, o arroz,
O preço é alto demais!

Na bodega é tudo caro...

Vou cozinhar a carvão,
Até o ovo ta caro!
O arroz, também o feijão!
Ta cara a carne e o gás;
O preço é alto demais,
Isso é roubo ou inflação?

E pra quem tá construindo,

Vive esse mesmo tormento!
Os olhos do pobre chora,
Já vendo tudo cinzento!
Não tem quem construa mais;
O preço é alto demais
Ate num saco de cimento!

O governo feito a gota...

Por fora essa pandemia!
E o preço bate no pobre,
Inflamando a economia!
Pode acreditar rapaz!
O preço é alto demais;
E tem aumento todo dia.

(Lalauzinho de Lalau)

Mote: O vento só leva aquilo que não ta enraizado...

Folhas secas, galhos podres,

O que estiver ressecado!

Casca que não serve mais,

Nem para o chão adubado!

Leva tudo em grande estilo;

O vento só leva aquilo

Que não está enraizado!

Só carrega o que não serve

Leva com muito cuidado!

As vezes sopra mais forte,

Leva e deixa no passado!

Devemos ficar tranquilo;

O vento só leva aquilo

Que não está enraizado.

(Lalauzinho de Lalau)

Não deu pra ir trabalhar...

Sem gasolina no tanque,

Sem condução até lá!

Sem dinheiro na carteira,

Sem, pra quem reivindicar!

Sem solução, sem motivo

Dei ponto facultativo;

Não deu pra ir trabalhar.

(Lalauzinho de Lalau) 

Mote: Só sabe o peso da cruz quem ta carregando ela...

 

Já passei por tantos cantos
Por ruas, beco e viela!
Estradas com muitas pedras,
Prisões sem ter uma cela!
Mas Deus me deu um luz;
Só sabe o peso da cruz
Que está carregando ela!

Um fardo muito pesado
Qualquer um de nós revela!
Na lutas do dia a dia,
Na vida a gente se mela!
Quem lava a alma é Jesus;
Só sabe o peso da cruz
Quem está carregando ela.

(Lalauzinho de Lalau)

Dona Ana agradece a visita do meu bom amigo e irmão @joselito_soaresdantas da @agapepublicidade...

Joselito da @agapepublicidade

Esse amigo tão bacana!

Homem de fé e de luta,

Veio aqui em Dona Ana,

Comprou, não fez cara feia!

Levou a sacola cheia;

Comecei bem a semana.

Eu estarei sempre as ordens,

Obrigado meu irmão!

Sou grato pela visita,

Grato, da sua atenção!

Deus é por nós, eu explico;

E o que me deixou mais rico,

Foi sua linda oração.

(Lalauzinho de Lalau) 

Era só o que faltava...

Trabalhar, não receber, 

Quando eu ia ela voltava!

A energia tão cara,

O papel vinha e cobrava!

Ta caro o bojão de gás;

Hoje eu não cozinho mais!

Era só o que faltava.

A gasolina acabou

Na hora que eu passeava!

Eu sem um real no bolso,

A família reclamava,

As meninas e a mulher!

O jeito é andar a pé;

Era só o que faltava.

Crise por cima de crise,

A política questionava!

Cada um pune o seu lado,

E o pobre comendo fava!

E hoje nem fava não tem;

Vamos deixar desdém!

Era só o que faltava.

(Lalauzinho de Lalau)