Eu que só sei fazer verso,
E o tempo ligeiro passa!
Oito anos se passaram,
E a mente pede que eu faça!
um verso pro ser humano.
Que dentro do seu tutano,
Tem uma atração por desgraça!
Quando a noticia é assim,
Mataram um de facada!
Todo mundo quer saber,
E corre sem temer nada!
Mataram um na esquina!
O povo corre pra cima,
O povo corre pra cima,
Fazendo aquela zoada!
Já nascemos com esse instinto,
De enfrentar o desafio!
De sermos mais curiosos,
Pra ver naufrágio no rio!
Turistas de todo canto
Tirou foto sem espanto,
Com a desgraça do navio!
Tem turista que até beija
Na boca da sua amada,
E pede que o fotografe!
Na foto não perca nada.
Diz: tem que sair o navio!
Quero mostrar pro meu tio
Que duvidou da parada
fonte-uol
Mas a vida é desse jeito,
Uns sorrindo, outros de luto!
Gente trabalhando pouco,
Outros, como bicho bruto!
Mas se eu estivesse lá,
Pra uma foto tirar!
Me chamavam de matuto.
(Lalauzinho de Lalau)
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