sexta-feira, 26 de junho de 2020

Eu sou Lalauzinho de Lalau...

A imagem pode conter: Lalauzinho de Lalau, multidão, chapéu, atividades ao ar livre e close-up

Sou picada de cobra cascavel,
Sou mordida de um grande jacaré
Sou a cobra que corre sem ter pé
Sou abelha que ferra e faz o mel!
Sou maconha intocada no motel,
Esperando a polícia vim prender!
Sou o réu sem saber o que fazer
Na sentença de um grande tribunal,
Sou o poeta Lalauzinho de Lalau
Poeta assim é difícil aparecer!

Sou a chuva de pedra de granizo,
Sou lava mais quente do vulcão!
Terremoto que abala e racha o chão,
Para raio e aforça do corisco!
Rachadura em parede de edifício,
Sou a fome que abala o meu Nordeste!
Lampião o herói cabra da peste,
Que botou muita gente pra correr!
Sou micróbio a se desenvolver
E amizade que da nada que preste!

Sou papeira, sarampo e catapora,
Dor de dente que dá ao enoitecer!
Sou hemorroidas que coça sem saber
Dando em velho que pula, grita e chora!
Sou o filho mais ruim que foi embora,
Sou Osama Bin Laden terrorista
Sou virada de caminhão na pista
Sou a guerra no Afeganistão!
Empregado mal pago do patrão
Sou um grande fracasso de um artista!

Sou salário de um aposentado,
Que não da pra fazer uma feirinha!
Sou ferida bicada por uma galinha
Que belisca e depois arranca a casca!
Sou gume amolado de uma faca,
Sou o dedo que leva martelada,
Sou o chifre cruel da namorada
Sou furada num prego enferrujado,
Sou gilete no bolso do viado,
Sou topada na quina da calçada!

Sou a dor doida da osteoporose,
Sou infarto que ataca o coração!
Sou o asmático sem ar no seu pulmão,
Sem está com a bombinha do seu lado!
Sou o roubo lá dentro do senado,
Candidato em começo de eleição!
Sou a briga de doido e confusão,
Sou promessas de um vereador!
Sou a bomba explodindo no metrô,
Chupa cabra assombrando o meu sertão!

Sei que hoje existe um falatório,
Terrorismo é a onda do momento!
Mas uma dia eu saí no meu jumento
E fui parar em um grande território!
Chegando lá baguncei seu escritório,
Lá eu fiz 1.000 soldados se ajoelhar!
E Osama Bin Laden eu fiz chorar,
Que chorando me disse: Lalauzin...
Não levante a sua mão, nem bata em mim!
Que deixo a minha barba tirar.
 
(Lalauzinho de Lalau)

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