Essa aí, foi de lascar
Com tristeza e alegria
E um susto bem gigantesco
Qualquer cabelo arrepia
Vejam o que aconteceu
De um cidadão que morreu
No interior da Bahia
Gilberto Araújo Santos
Sem ter documentação
Lavando carros na rua
Pra poder ganhar o pão
Também mais um viciado
Foi confundido, coitado
Com um, que foi pro caixão
Gilberto vivia assim
Pelas as ruas da cidade
Um usuário de drogas
Junto a criminalidade
Era mais um viciado
Mas lá correu um boato
De mais uma fatalidade
Mataram outra pessoa
Lá bem perto do local
No IML de lá
Seu irmão falou normal
A dor eu posso sentir
Esse é o meu irmão aí
Vou fazer o funeral
Mas, era outra pessoa
Totalmente parecida
Com a mesma cor da pele
Negro da pele sofrida
E o pobre do seu irmão
Mandou botar no caixão
E Gilberto aí, cheio e vida
Velaram esse indigente
Por quase dezesseis horas
Bem antes do seu enterro
Bateram palmas lá fora
Passando um vulto bem perto
Era o pobre do Gilberto
Chegando onde ele mora
Quando viu aquela cena
Ele falou: quem morreu
Foi outro lavador de carro
Chega o velório tremeu
Esse que está morto aí
Dá ate pra se confundir
Mas, o legitimo sou eu
Era menino com medo
Ciscando no meio do chão
Sua mãe passando os dedos
Empurrando o coração
Dizendo: Deus obrigado
Meu filho não é finado
Tirem daqui o caixão
E vamos comemorar
Isso, o que aconteceu
Velamos outro enganado
E ninguém nem percebeu
Mas, traga ele pra perto
Por que o amigo Gilberto
Graças a Deus não morreu
(Lalauzinho de Lalau)
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