quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Homem dado como morto aparece em seu próprio velório na Bahia...

Reprodução/TV


Essa aí, foi de lascar
Com tristeza e alegria
E um susto bem gigantesco
Qualquer cabelo arrepia
Vejam o que aconteceu
De um cidadão que morreu
No interior da Bahia

Gilberto Araújo Santos
Sem ter documentação
Lavando carros na rua
Pra poder ganhar o pão
Também mais um viciado
  Foi confundido, coitado
Com um, que foi pro caixão

Gilberto vivia assim
Pelas as ruas da cidade
Um usuário de drogas
Junto a criminalidade
Era mais um viciado
Mas lá correu um boato
De mais uma fatalidade

Mataram outra pessoa
Lá bem perto do local
No IML de lá
Seu irmão falou normal
A dor eu posso sentir
Esse é o meu irmão aí
Vou fazer o funeral

 Mas, era outra pessoa
Totalmente parecida
Com a mesma cor da pele
Negro da pele sofrida
E o pobre do seu irmão 
Mandou botar no caixão
E Gilberto aí, cheio e vida

Velaram esse indigente
Por quase dezesseis horas
Bem antes do seu enterro
Bateram palmas lá fora
Passando um vulto bem perto
Era o pobre do Gilberto
Chegando onde ele mora

Quando viu aquela cena
Ele falou: quem morreu 
Foi outro lavador de carro
Chega o velório tremeu
Esse que está morto aí
Dá ate pra se confundir
Mas, o legitimo sou eu

Era menino com medo
Ciscando no meio do chão
Sua mãe passando os dedos 
Empurrando o coração
Dizendo: Deus obrigado 
Meu filho não é finado
Tirem daqui o caixão

E vamos comemorar
Isso, o que aconteceu
Velamos outro enganado
  E ninguém nem percebeu
Mas, traga ele pra perto
Por que o amigo Gilberto
Graças a Deus não morreu  


(Lalauzinho de Lalau)


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