Sessenta socos bem dados
Mas meu Deus, como é que pode?
Eu, só de imaginar,
Meu pensamento sacode!
Agora se vitimiza,
Diz que levou um pisa,
Só agora se aperreia
Disse pro advogado
Que ta nu, trancafiado;
Com medo de leva peia.
Sessenta socos na face,
De uma mulher indefesa
Nocaute, pronto pro abate,
Ia matar com certeza!
Dentro do elevador,
Todo sistema filmou,
Essa cruel covardia
Sangue pisado de dor;
Seu rosto desfigurou,
Das feridas que se abria.
Sessenta socos no rosto,
Tudo em fração de segundos!
Na boca sentindo o gosto
Dos desprazeres do mundo!
Essa pobre criatura,
Perdeu da face a ternura,
Da mulher da face bela
Com o rosto ensanguentado,
E o maxilar quebrado;
Quem está do lado dela?
Acho que toda a sociedade,
E a justiça também!
Hoje ele ta na cela,
E recebe o que lhe convém!
Não peço nem um segredo
Disseram que ta com medo
Eu ouvi um zum zum zum
Vou fazer uma correção;
Não foram sessenta não!
Foram só, sessenta e um.
(Lalauzinho de Lalau)
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