quarta-feira, 25 de março de 2015

Esse foi um trabalho do meu primeiro CD, o poema Lalau de cá e Lalau de lá...



Na calçada lá de casa
Eu estava lendo jornais
E na hora eu conversava
Com meu amigo Tomaz
Tomaz Neto é um político
Gosta de falar bonito
E falou num tom legal
Lalauzinho grande poeta
O que acha do pateta
Do doutor juiz Lalau?

Eu disse esse roubou
O sol antes de nascer
Devido ser um doutor
Foi difícil de prender
Também de sua patente
Por ser muito inteligente
Demorou a se render

Roubou todo o seu dinheiro
E ficou foi milionário
Viajando pra o estrangeiro
Mas que juiz salafrário
Esqueceu do brasileiro
Que só ganha um salário

Esse juiz, o Lalau!
Nasceu mesmo pra roubar
Mas tem tanto Lalau no mundo
Que não dá nem pra contar
Aí escolhi um lindo tema
Pra botar nesse poema
Lalau de cá e Lalau de lá

Devido ter tanto Lalau
Aqui em cima do chão
Tem Lalau que é vaqueiro
Que eu falo de coração
Pega o boi derruba e ferra
Faz tudo certo e não erra
A mandado do patrão

Tem o Lalau que é pedreiro
Pucha a massa e faz concreto
Trabalha na empeleita
Na diária ele esperto
Tijolo, arreia e cimento
Esse são seus instrumentos
E o trabalho sai correto

  Tem o Lalau camelô
Com a sua barraca singela
Vende pinoco de barro
Prato pequeno e tigela
Sela, arreio e cabeção
Vassoura pra varrer chão
Caixa de fósforo e de vela

Tem o Lalau caminhoneiro
Que viaja com cuidado
Que ama o seu caminhão
Deixe ele bem zelado
Mas o que ele mais detesta
É ver fiscal que não presta 
Virada e pneu furado

Tem o Lalau trabalhador 
Que vive do seu suor
Com uma merreca de dinheiro
Sempre desatou o nó
Não quer nada de ninguém
Esse aí eu quero bem
É o Lalau de Mossoró

É esse o Lalau que eu quero
Falar dele um bom pedaço
É esse o Lalau sincero
Que me dá sempre um abraço
Acha bonito eu falar
E também de declamar
Todos os poemas que faço

Foi quem me deu moradia
E também educação
Saúde, sossego e paz
 E também compreensão
Eu digo com alegria
Nunca panela vazia
Nunca nos faltou o pão

Foi quem sustentou dez filhos
Que hoje estão todos criados
Lalau que vendeu pastel
Lalau que já criou gado
Trabalhador brasileiro
E hoje esse velho guerreiro
Encontra-se aposentado

É o pai de Lalauzinho
Falo pra vocês, meu povo!
Se eu nascesse outra vez
Queria mais um vez 
Nascer Lalauzinho de novo 

É por isso que eu grito
A esse velho eu dou cartaz
Tenho orgulho em ser seu filho
Muito obrigado meu pai


(Lalauzinho de Lalau) 

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