sexta-feira, 27 de março de 2015

O mote diz: Vou no trem da saudade todo dia, visitar o lugar que eu fui criado

Disse o inesquecível poeta João paraibano


No vagão da saudade eu tenho ido
Ver a casa que antes nasci nela
Uma lata de flores na janela
A parede de taipa e o chão varrido
Milho mole esperando ser moído
Numa maquina com o ferro enferrujado
Que apesar da preguiça e do enfado
Mãe botava de pouco e eu moía 
Vou no trem da saudade todo dia
Visitar o lugar que fui criado

(João Paraibano)

 Peguei a deixa do saudoso poeta que já partiu e escrevi

Também vou com a saudade viajando
Machucando o meu peito dolorido
Lembro muito dos dias bem vivido
Com papai e mamãe me ajeitando
Tempo bom que aqui eu vou lembrando
Que eu não posso esquecer do meu passado
Do cavalo de talo fabricado
Que papai ajeitava e eu corria
Vou no trem da saudade todo dia
Visitar o lugar que eu fui criado


(Lalauzinho de Lalau)


Digo mais pra você que é do sertão
Que lembrei do meu pé de cajarana
Era assim o meu final de semana
Que a saudade invadiu meu coração
Minha bila era irmã do meu pião
Se eu pudesse eu voltava pro passado
Só pra ver minha mãe bem do meu lado
Enxugando o suor quando eu corria
Vou no trem da saudade todo dia
Visitar o lugar que eu fui criado

(Lalauzinho de Lalau)

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