Criança cheia de luz
Também cheia de vontade
De aprender com a vida
Sem luxo e sem vaidade
Com a mochila na mão
Atrás de uma solução
E a resposta da verdade
Mesmo com a voz da mentira
Dizendo assim : não me amola
Em uma mão a mochila
Em uma outra, a sacola
Na mente a preocupação
De uma desocupação
Sem esquecer da escola
Mesmo assim desalojada
E com a mochila bem perto
Filha de um desempregado
E de um destino desafeto
Sem esquecer da lição
É o futuro dessa nação
E é filha de um sem-teto
Não sabe o seu endereço
Com sete anos de idade
Júlia é o seu primeiro nome
A sua ação é verdade
Na foto dá pra notar
Que o material escolar
Pra ela é prioridade
Pra muitos, só um caderno
Pra ela, sabedoria
Pra muitos, lápis, borracha
Das funções do dia a dia
Pra ela o aprendizado
Nesse país maltratado
País da democracia
Júlia, é mais uma vítima
Dá desorganização
Do roubo aos cofres do povo
É vítima do mensalão
Dos desagrados da fome
Das injustiças do homem
Vergonha dessa nação
(Lalauzinho de Lalau)
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