domingo, 14 de agosto de 2011

Todo dia é dia dos pais




Quem é que não tem saudades
Dos anos que vão embora
Da tinta do seu cabelo
Que clareou sem demora
Da rua que me criei
Da casa onde eu morei
No Alto da Conceição
Dos meus tempos de criança
Guardo sempre na lembrança 
Nas fibras do coração

Quem é que não tem saudades
Dos pastéis do seu Lalau
Feito por Dona Toinha
De um jeito bem natural
Das conversas de calçada
E da sua caminhada
Com a leiteira na mão
Passo a passo inesquecível
A sua história é incrível
E é cheia de emoção

Quem não lembra das histórias
Que o velho Lalau contava
Quincas Duarte e FITEMA
O bar da tripa torrada
Do sonho em Parnamirim
Eu sei que a vida é assim
Cheia de complicação
Mas também tem coisa boa
Essa excelente pessoa
Na vida foi campeão

Lalau é exemplo de vida
Honesto e trabalhador
Cheio de apoio moral
Dez filhos Lalau criou
Ao lado de mãe Toinha
Irmão de Elion, Darquinha
Pajé, Lurdinha e Iá
E Wilson boiadeiro
Lalau valente e guerreiro
É um pai espetacular 

Lalau é história viva
Ipanguaçu é o seu pó
Filho de vovô Manoel
De Dona Candida vovó
Não esqueço um só segundo 
Neste mundo vagabundo
Lalau cumpriu seu papel
Fez um papel de guerreiro
É cidadão brasileiro
Pra meu pai tirou o chapéu

Se eu for contar sua história
Vou passar o ano inteiro
Só falando de suas glórias
De seu andar, seu roteiro
Dos dez filhos, dezesseis netos
Também dos seus três bisnetos
Da hereditariedade 
E da nossa inteligência
Quem é Cunha tem consciência 
O que é ser Lalau de verdade.
                                                                                                  (Lalauzinho de Lalau)

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